Redação (03/07/06)- Todas as culturas contempladas com o seguro rural no país poderão ser atendidas pelo Fundo de Catástrofe que está sendo finalizado pelos técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A expectativa é do diretor do Departamento de Economia Agrícola do Mapa, Edílson Guimarães, que trabalha para que o Projeto de Lei (PL) que compõe o fundo esteja concluído nas próximas semanas para o envio ao Congresso Nacional. “Estamos avaliando como funcionará, se será privado, quem administrará e qual o tamanho das perdas para ser enquadrado pelo Fundo de Catástrofe”, justificou. Já a fonte de recursos é alvo de estudos dos técnicos.
Atualmente, nem 10% da lavoura brasileira está protegida, assegura Guimarães. São mais de 30 culturas que têm seguro rural no país, precisamos das aprovações para os contratos fluírem, sustentou. O presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, reitera que a burocracia e a falta de acesso de outras resseguradoras ao seguro limitam a contratação. Há dois anos pedimos o Fundo de Catástrofe. Desta forma, o risco ficará melhor diluído entre as partes e o preço da apólice reduzirá, estimou.
Entre as culturas beneficiadas pelo seguro rural estão arroz, aveia, canola, trigo, feijão, soja, sorgo e maçã. A aposta no crescimento pode ser observada pelo volume a ser liberado para o prêmio do seguro rural no país neste ano: R$ 42 milhões. Em 2005, os recursos não chegaram a R$ 1 milhão. Os deputados querem incluir o fundo entre as pauta essenciais da Câmara.