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Mapa quer consolidar Brasil como grande exportador

<p>O ministério aproveitou a visibilidade da Copa do Mundo na Alemanha para lançar a primeira campanha institucional de promoção do agronegócio brasileiro.</p>

Redação (27/06/06)- O Brasil é hoje o maior exportador mundial de carne bovina, carne de frango, café, açúcar, etanol, suco de laranja, tabaco e do complexo soja. Apesar do bom desempenho, a imagem do País como grande potência agrícola ainda não está consolidada. Por isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aproveitou a visibilidade da Copa do Mundo na Alemanha para lançar a primeira campanha institucional de promoção do agronegócio brasileiro, que deverá se estender para outros países. Nós alcançamos a liderança nas exportações desses produtos sem que tenha havido uma promoção comercial mais vigorosa, com exceção da carne. Isso se deu muito mais em função da qualidade e do preço dos nossos produtos, comentou nesta segunda-feira (26) o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, ao apresentar a campanha que está sendo realizada na Alemanha desde o dia 29 de maio.

Coordenada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa e realizada em parceria com o setor privado, a campanha inclui a exposição de peças promocionais em pilares luminosos nas ruas de Berlim e Munique com imagens de alimentos brasileiros, especialmente café e frutas, associados ao futebol ou que fazem referência à cultura nacional. Também estão sendo realizadas degustações nos eventos da Copa da Cultura, promovida pelo Ministério da Cultura. A idéia é levar campanhas semelhantes a diversos países que sejam sede de eventos com repercussão mundial, como a Sial, feira mundial de alimentos que acontece em Paris.

Na avaliação do ministro, o Brasil precisa se antecipar e passar a vender seu produto antes de o comprador buscar por ele, como acontece hoje. Nesses eventos, ficamos sabendo o que os consumidores de outros países querem comprar. À medida que as perguntas surgem, vamos respondê-las. Rodrigues reafirmou que o crescimento do Brasil no mercado mundial gerou reações de outros países exportadores. Quem perdeu mercado está reagindo e agora estamos fazendo uma contra-reação, mostrando que ganhamos mercado porque somos efetivamente competitivos e temos produtos de qualidade com sustentabilidade.

O ministro, inclusive, vai defender a sustentabilidade da agricultura brasileira durante o seminário Agronegócio como Propulsor do Desenvolvimento Mundial, na Bolsa de Valores de Frankfurt, no dia 12 de julho. Na oportunidade, vamos mostrar que não estamos destruindo a Amazônia para plantar soja ou cana-de-açúcar. A soja plantada na Amazônia Legal representa menos de 1,5% do total produzido no Brasil e produzir etanol na Amazônia é tecnicamente inviável.

A participação do ministro na campanha desenvolvida na Alemanha, com um custo estimado de R$ 1,35 milhão (parte financiada pela iniciativa privada), inclui ainda uma entrevista coletiva à imprensa no dia 7 de julho na embaixada brasileira em Berlim. Nos dias 10 e 11, também em Berlim, ele participará do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), quando receberá o Prêmio Personalidade Brasil-Alemanha 2006. Essa é primeira vez que um ministro de estado é agraciado com o prêmio.