Ainda neste ano, segundo a Acrismat, deverá ocorrer a esperada inclusão de Mato Grosso ao Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), que tem por objetivo o aumento do consumo da carne suína no país em 2kg per capita num prazo de três anos. Uma das ações neste sentido são os esforços que vêm sendo feitos para que açougues e frigoríficos consigam disponibilizar aos consumidores mais cortes diferenciados de carne suína, bem como a venda em bandejas, como acontece com outros tipos de carne, frutas e verduras.
Idealizado e coordenado pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com o Sebrae Nacional e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PNDS se baseia na estratégia de marketing “Um Novo Olhar Para a Carne Suína”, e já resultou no aumento do consumo em 1/2kg, subindo para 14,5kg per capita/ano, desde o lançamento do PNDS em 2010.
A Acrismat quer fazer parte do PNDS demonstrando bastante expectativa para os resultados que poderá alcançar. O projeto já conta com a participação de sete estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás.
Um primeiro passo neste sentido deverá ser a vinda da representante do PNDS, Lívia Machado, a Cuiabá, conforme contatos que estão sendo feitos pela Acrismat junto à ABCS e ao Sebrae Nacional. Mas antes mesmo de fazer parte do PNDS, os suinocultores de Mato Grosso já vêm trabalhando para conseguir uma maior fatia na preferência do consumidor.
Capacitações
Por duas vezes neste ano a Acrismat trouxe o chefe de cozinha Daniel Furtado Barbosa, consultor da ABCS para o programa de marketing “Um novo olhar para a carne suína”, para cursos aos trabalhadores de frigoríficos e açougueiros além de alunos e professores dos cursos de gastronomia da Unic e do Senac em Cuiabá.
O objetivo dessas oficinas de gastronomia suína e dos cursos de cortes diferenciados da carne suína, conforme explica a Acrismat, é que a carne suína passe a ser vista sob um novo conceito, uma vez que o baixo consumo desta carne no Brasil tem como causa a desinformação do consumidor, que gera preconceito.
Outro aspecto destacado pela Acrismat é que até então se conheciam em Mato Grosso apenas poucos cortes de carne suína, e o consultor de gastronomia suína Daniel Furtado demonstrou até 60 cortes diferenciados, que facilitarão a venda da carne suína ao consumidor.
Assim, ninguém mais precisará comprar um pernil inteiro para levar para casa. Em vez do lombo e do conhecido pernil, a Acrismat quer mostrar que a carne suína também tem muitos outros cortes, como a picanha, o lagarto e o colchão mole.
Conforme informações do diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues de Castro, a Associação está em vias de firmar parcerias técnicas com a Unic e o Senac, visando divulgar a carne suína nos cursos de gastronomia.