O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho e o secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, receberam um conjunto de propostas do setor avícola gaúcha para amenizar a crise no setor. O encontro entre o Governo e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) foi nesta sexta-feira, dia 20 de julho, em Porto Alegre/RS. O ministério ficou de avaliar as questões, mas adiantou que já estão sendo tomadas medidas para solucionar o problema. Segundo Mendes Ribeiro, na próxima semana o secretário Caio Rocha se reunirá com representantes da cadeia do milho, em Brasília, para discutir as dificuldades pautadas na reunião.
O setor busca medidas para amenizar o alto custo do milho e do farelo de soja. A mesma crise que afeta a suinocultura se estende para a avicultura. Produtores de ovos e de frango estarão pedindo medidas urgentes e efetivas. “Ou acontece alguma ação efetiva ou teremos sérios problemas de desemprego e férias coletivas” comenta Eduardo Santos, diretor executivo Asgav/Sipargs
“O ministro fará tudo que estiver ao seu alcance para auxiliá-los, previnir é o melhor remédio, insisto que estamos cuidando em fazer políticas que não nos coloquem diante do problema. Nós vamos agindo, pra estar do lado, pra ajudar na hora que se precisa, na hora difícil, mas queremos contar com os senhores”, salientou o ministro.
O presidente da Asgav/Sipargs, Nestor Freiberger, se mostrou apreensivo com as dificuldades que passa o setor. “Estamos apreensivos com esta questão do milho e da soja. Estão aqui presentes produtores de ovos, produtores de frango de corte e produtores de genética, nós precisamos do apoio do governo no sentido de proporcionar mecanismos para nos ajudar”, ressaltou. Segundo ele, as exportações de soja e de milho e as especulação em cima do grão elevam os preços. Hoje, o milho no interior custa R$ 33,00 a R$ 34,00 a saca, sem considerar o frete.
O secretário Rocha pediu aos avicultores que apontem qual é o custo de produção para que o Ministério da Agricultura analise a situação. Para tranquilizar os produtores, sinalizou que alguns mecanismo podem ser acionados e destacou que “não vai haver desabastecimento de milho e soja no Estado”.