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Mercado Interno

Mercado aquecido garante rentabilidade ao suinocultor

A última semana do mês de março foi marcada pela elevação nos preços de venda do quilo do suíno vivo na maioria dos Estados. Veja análise semanal da ABCS.

A última semana do mês de março foi marcada pela elevação nos preços de venda do quilo do suíno vivo na maioria dos estados. O aquecimento do mercado está proporcionando ao produtor uma melhor margem de lucro, que no início deste ano foi afetada drasticamente pelos altos índices do custo de produção, que em algumas regiões chegou a atingir R$ 0,20 acima do preço de comercialização. Na última bolsa de suínos de Minas Gerais o valor atingido superou as expectativas dos mineiros. O valor comercializado na semana anterior era de R$ 2,50 a R$ 2,60 o quilo do suíno vivo. Na última quinta-feira, o preço subiu para R$ 2,85 cerca de 10% a mais no valor pago ao produtor. Segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) a alteração é reflexo do aumento de demanda na região, onde o mercado está bastante aquecido e, por isso, o realinhamento dos preços. A expectativa dos suinocultores é que o mês de março seja marcado pela estabilização dos preços e que, em abril, os valores apresentem novas altas. A boa notícia é que com o aumento, os produtores deixam de comercializar abaixo do custo de produção que em algumas regiões de Minas Gerais chegou a R$ 2,60, como em Belo Horizonte. O momento é de equilibrar as receitas e despesas e findar o prejuízo somado neste início de ano.

Nos estados do Sul também pode se confirmaram alguns aumentos nas vendas e também no valor pago ao produtor. No estado de Santa Catarina, por exemplo, a demanda elevada vem impulsionando os preços em grande parte das regiões produtoras do estado e a Associação dos Catarinenses dos Criadores de Suínos espera mais um aumento para os próximos dias. Na bolsa de suínos catarinense, valor pago pelo quilo do suíno vivo ficou definido em R$ 2,20, cerca de 5% a mais que na semana anterior.

São Paulo também apresentou sucessivos aumentos nas últimas semanas, o que comprova uma demanda firme, não localizada e com tendências de alta para as próximas semanas. No mesmo período do ano passado, os suinocultores paulistas estavam atuando como preços muito semelhantes com a mínima em R$ 2,77 e máxima em R$ 2,88, segundo dados da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), que informou que o preço de venda na última semana de março está em R$ 2,82.

A demanda também tem atingido os produtores de suínos do Distrito Federal que fecharam a bolsa em alta. De acordo com os dados enviados pela Associação de Suinocultores do Distrito Federal (Dfsuin) o preço de comercialização desta semana foi de R$ 2,65 o quilo do suíno, valor elevado se comparado ao praticado na semana anterior que era de R$ 2,40. Para a entidade essa é uma reação de reajuste do mercado e significa uma recuperação para a maioria dos produtores de suínos locais. 

Depoimentos

“O ponto de partida para atingirmos uma lucratividade é com certeza a diminuição dos preços de produção. Hoje ainda, os produtores catarinenses estão vendendo em valores abaixo do necessário para cobrir seus custos, mas estamos confiantes no mercado e pouca oferta de animais nos garante preços mais elevados na venda”

Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS 

“O preço do suíno independente no Rio Grande do Sul aumentou 12 centavos nesta semana, chegando a R$ 2,38 o quilo e em algumas regiões houve comércio em até R$ 2,48. A expectativa é normalização dos preços, atingindo patamares que atendam as necessidades do produtor gaúcho”

Valdecir Luiz Folador, presidente da Acsurs 

“Esperamos um recomposição do preço no mercado interno, com isto, há mais estabilidade na relação receita/despesa, ainda que não tenha atingido grandes quedas nos custos de produção. Mas nossa expectativa está na melhoria do poder de compra do consumidor, ampliando a demanda” 

Carlos Geesdorf, presidente da APS