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Exportação

Mercado árabe é seguro

De acordo com a Secex/MDIC, árabes são mercado seguro para cooperativas. Vendas para a região estão crescendo neste ano.

As exportações das cooperativas brasileiras somaram US$ 2,16 bilhões no período de janeiro a maio deste ano, 30% a mais do que no mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/MDIC).
De acordo com o órgão, este é o maior resultado para os cinco primeiros meses do ano desde 2005. Emirados Árabes Unidos, Argélia e Arábia Saudita estão entre os principais compradores das cooperativas nacionais.
Marco Olívio Morato, analista de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) afirma que, de forma geral, os países árabes são um “mercado confiável, pois sofrem menos oscilações com as crises financeiras no mundo”. “Eles têm uma economia mais robusta, são um mercado seguro para as cooperativas”, diz.

Os Emirados Árabes, maior comprador árabe e quarto na lista geral, importou o equivalente a US$ 147,2 milhões das cooperativas brasileiras entre os meses de janeiro e maio deste ano, 41,14% a mais que no mesmo período de 2010. Os principais produtos exportados para o país do Golfo foram açúcar refinado, açúcar em bruto e carne de frango.
“A Índia está retomando sua produção de açúcar, mas o alto consumo interno afeta suas exportações. Isto permite que o Brasil ganhe o mercado de países vizinhos”, declara Morato, sobre as vendas de açúcar brasileiro para os Emirados. O açúcar refinado, por exemplo, apresentou alta nas vendas ao país de 13,78%, na comparação entre janeiro e maio de 2011 e o mesmo período de 2010. No ano passado, não houve exportações brasileiras de açúcar em bruto para lá no período mencionado. Já este ano, as vendas foram de US$ 26,66 milhões.
A Argélia, sétimo país na lista geral, apresentou o crescimento mais expressivo entre os árabes, tendo importado 253% a mais nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2010. Suas importações somaram US$ 107,71 milhões, tendo sido puxadas pelo trigo em grão, produto que não foi exportado para o país do Norte da África no período de janeiro a maio do ano passado. Este ano, as vendas da commodity para a Argélia somaram US$ 85,12 milhões.
“Este trigo vai para a ração animal”, diz Morato. “É um trigo diferente do que fica no Brasil, que é para fazer pão. É um nicho de mercado que foi aberto pelo Brasil e esperamos que ele se mantenha”, explica.
Apenas a Arábia Saudita apresentou queda em suas importações das cooperativas brasileiras, de 12,55%, tendo comprado o equivalente a US$ 67,18 milhões de janeiro a maio deste ano. A maior redução ocorreu na aquisição na carne de frango, com queda de 96,3%, ocasionada por uma migração das vendas do produto pelas cooperativas para mercados como a Alemanha, principal importador da lista.
No período de janeiro a maio de 2011, as exportações brasileiras foram enviadas a 113 países. Alemanha, China e Estados Unidos foram os três maiores compradores do setor. Já os produtos mais vendidos foram: café em grãos (com US$ 324,3 milhões, com 15% do total exportado); soja em grãos (US$ 283,8 milhões e 13,1%); açúcar em bruto (US$ 255,6 milhões e 11,8%); açúcar refinado (US$ 239,6 milhões e 11,1%), trigo (US$ 219,5 milhões e 10,2%); farelo de soja (US$ 200,5 milhões e 9,3%); pedaços e miudezas de frango (US$ 193,3 milhões e 8,9%); etanol (US$ 121,2 milhões e 5,6%) e carne suína congelada (US$ 65,5 milhões e 3%).