Redação (11/11/2008)- Já se notam quedas dos preços dos insumos para milho e girassol, como conseqüência da forte queda das cotações dos grãos e da redução da área de semeadura.
Assim, o valor da atrazina caiu a US$ 3,60 por litro, depois de ter chegado à US$ 4,60 nos meses de pré-campanha. "O mercado de herbicidas para o milho e girassol está fraco e sobram muitos produtos, o que faz com que alguns sejam vendidos a preço de custo", afirma Enrique Bayá Casal, presidente da agronomia homônima.
Um fenômeno similar se dá com a uréia, que já se consegue a US$ 500 por tonelada, como conseqüência da forte baixa do petróleo. Os fertilizantes fosforados também mostram queda, mas em ritmo menos acentuado: caiu a US$ 1.200 por tonelada. "Em geral há muita quantidade de fertilizantes armazenados que se aplicam no trigo e milho, porque os produtores administraram com conta-gotas frente à seca e aos baixos preços", reconhece Bayá Casal.
O glifosato também teve queda, de 7,20 para 5,20 dólares por litro, porque foi reduzido o preço do princípio ativo fabricado na China e também porque muitos agricultores pularam a aplicação na preparação da terra, já que a falta de umidade impediu o desenvolvimento de doenças. Por outro lado, os preços das sementes de oleaginosas não mostram tendência de queda.
Para a compra destes insumos, existe pouco financiamento bancário e comercial, exceto para os produtores associados aos cultivos menos semeados. No horizonte dos vendedores de insumos está aparecendo outro problema: a cobrança. "Os baixos preços dos cereais determinam que os produtores não vendam e, portanto, se atrasa o pagamento de contas", disse Bayá Casal.