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Mercado em expansão

<p>Exportação agropecuária brasileira para a UE pode crescer 5% ao ano.</p>

Da Redação 08/03/2005 – Embora seja altamente protegida, a União Européia (UE) é um grande mercado e busca produtos diferenciados, analisou hoje o chefe da Assessoria de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Elísio Contini. Ele participa esta tarde, na sede da Embrapa Trigo, em Passo Fundo (RS), de um ciclo de palestras promovido pela entidade de pesquisa. Contini irá abordar o tema “Políticas e restrições européias à agricultura brasileira”.

Além da proteção ao produtor local com garantia de preços, das dificuldades de acesso com tarifas elevadas e barreiras sanitárias, a UE ainda fornece subsídios às exportações, como forma de encontrar mercado para o excedente interno de produção, descreveu Contini. Mesmo com as restrições, o agronegócio brasileiro já exporta US$ 10 bilhões para os países da região, um desempenho que pode crescer até 5% ao ano, previu Contini. “A União Européia não vai abrir as portas de um dia para o outro”, comentou, recomendando negociação constante nos organismos multilaterais, entre os blocos Mercosul e UE, governo e empresários.

Contini citou, como exemplo das restrições, o fato de que o mercado europeu ainda não recebe carne suína brasileira. Ele disse que uma missão técnica européia deve voltar ao Brasil em breve para avaliar frigoríficos. O Brasil tem um grande potencial para crescer no setor primário e ainda é tímido nas exportações, avaliou ele. Ao falar sobre as dificuldades de alguns produtos, que não encontram preço favorável atualmente no mercado externo, Contini disse que a situação é cíclica e alguns itens estão bem. “O produtor tem que se especializar e saber negociar”, sugeriu. Para ele, o agricultor deve buscar uma remuneração média em sua estratégia de vendas.