Redação (14/08/2008)- Alguns desafios se colocam para transformar o etanol em uma commodity. É preciso que o mercado se organize e tome algumas resoluções no setor dos biocombustíveis para que o etanol entre no comércio internacional. A informação foi prestada pelo diretor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia, da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa), Alexandre Strapasson, durante palestra no Workshop Tecnologias para uso de biocombustíveis em motores automotivos.
Para Strapasson, uma das principais medidas a adotar é o desenvolvimento de políticas públicas para dar suporte ao setor dos biocombustíveis e segurança para o investidor aplicar nesse novo mercado. O diretor acredita que quanto mais países produzirem e consumirem esse produto, mais o mercado será fortalecido e atrativo para os investidores.
“Outras medidas também devem ser adotadas como a redução de barreiras tarifárias entre os países, incentivo aos financiamentos, mecanismos de gestão dos estoques, capacitação de recursos humanos para implementar esses programas públicos e infra-estrutura”, ressaltou.
No workshop foram abordadas tecnologias já utilizadas, como a mistura álcool e gasolina, veículos a álcool, flex-fuel e o biodiesel, além das perspectivas de novas tecnologias, como a introdução do etanol em motores do ciclo diesel e a tecnologia flex-fuel para motocicletas.
Participaram do encontro representantes de governos da América Latina, União Européia, países dos Emirados Árabes, Iraque Líbia, de países asiáticos, como China e Japão, e empresas privadas do setor automotivo.