Com permanência estável do mercado na quarta semana consecutiva, os preços do suíno vivo estão se mantendo em patamares rentáveis. A cotação do quilo neste mês em Minas Gerais está em R$ 3,05, com alta de 2% frente à média observada em setembro, segundo dados da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). De acordo com o vice-presidente, José Arnaldo Penna, a perspectiva é que os preços no estado se mantenham em alta pelo menos até a primeira quinzena de dezembro devido às festas de fim de ano, período em que tradicionalmente o consumo é elevado.
Em São Paulo, o mercado permanece estável com preços variando entre R$ 53,00 e R$ 54,00 a arroba, o equivalente a R$ 2,83 e R$ 2,88 respectivamente, como informou a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Já no mercado regional, segundo a entidade, o valor comercializado está com referências entre R$ 54,00 e R$ 56,00 a arroba.
Ainda que haja aumento da demanda, o elevado patamar dos grãos que compõem a dieta dos animais preocupa os suinocultores. Por isso, a ABCS vem insistindo fortemente junto ao governo federal que estabeleça medidas emergenciais para a sustentabilidade da suinocultura. Entre elas a liberação de maior quantidade da venda de milho a balcão da Conab, que tem variado de 12 a 15 toneladas/mês a depender do estado, já que hoje o setor necessita de pelo menos 54 toneladas/mês.
Segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), o valor de comercialização do quilo do suíno nas principais cidades é de R$ 2,40, sem alterações se comparado à semana anterior, mas o mercado se mostra aquecido. Valor semelhante aos preços praticados no Paraná, conforme dados da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), que informou a cotação de R$ 2,50 pelo quilo do suíno. Já no Rio Grande do Sul, os preços estão um pouco acima, R$ 2,75.
A notícia da possível liberação do mercado da África do Sul à carne suína brasileira – fechado desde a ocorrência dos focos de febre aftosa em 2005 – e ainda a expectativa dos embarques para a China nos próximos 90 dias são promissoras para a suinocultura brasileira.