O mercado global de alimentos Halal vai valer US$ 1,6 trilhão em 2018 ante US$ 1,1 trilhão no ano passado, de acordo com um relatório encomendado pela Câmara de Comércio de Dubai.
Dubai providenciou o relatório do ano passado como parte de seu esforço para se tornar um centro global de comércio islâmico, que inclui planos para uma organização internacional de certificação Halal. O comércio de alimentos Halal de Dubai e dos Emirados Árabes Unidos chegou a US$ 20 bilhões em 2012.
O comércio de carnes é parte integrante dos planos para alimentos Halal de Dubai, e a carne brasileira deve desempenhar um papel de liderança no futuro alimentar do país. O Brasil foi responsável por mais da metade das importações de carnes de Dubai em 2013, fornecendo 166 mil toneladas do volume importado, ou 53% do total. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar com 14%, seguidos pela Austrália com 9%.
O consumo de carne nos Emirados Árabes Unidos se manteve em um patamar bastante estável em face dos níveis de renda flutuantes, uma vez que a carne é um importante elemento básico da dieta dos cidadãos, apontou o relatório. Os fatores econômicos que influenciam a quantidade de trabalhadores temporários que são “importados” para o país parecem ter o maior impacto anual sobre o consumo de carne nos EAU.
Os alimentos Halal representaram 16,6% do total do mercado mundial de alimentos em 2013, e deverá crescer a uma média de 6,9% ao ano até 2018, mais rápido do que o resto do setor de alimentos do mundo em geral, de acordo com o estudo realizado pela Thomson Reuters e Dinar Standard. Estima-se que o segmento Halal represente 17,4% do mercado mundial de alimentos até 2018.
A maior parte do comércio de carne de Dubai foi em carne não embalada (78,7%), de acordo com o estudo. As vendas no varejo de carne constituíram 43,8% do mercado, enquanto as vendas para a indústria de serviços de alimentação representaram 47,9%.