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Mercado prevê expansão do PIB abaixo de 3% em 2009

<p>No levantamento feito com cerca de 80 analistas do mercado financeiro, a previsão para o patamar do juro no fim do próximo ano subiu de 13,31% para 13,50% ao ano.</p>

Redação (01/12/2008)- Aumenta o pessimismo com o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2009. De acordo com a pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano caiu de 3% para 2,8%. Há um mês, o mercado previa 3% de expansão da economia. Para 2008, a expectativa de expansão do PIB manteve-se em 5,24%. Na mesma pesquisa, analistas elevaram ligeiramente a projeção para o crescimento da produção industrial em 2009, de 3% para 3,10%. Para 2008, a estimativa de crescimento do segmento oscilou de 5,78% para 5,76%.

Analistas também estão mais pessimistas com a perspectiva de redução dos juros básicos no País em 2009. Mesmo com os efeitos da crise financeira internacional e a previsão cada vez mais forte de desaceleração da economia brasileira no próximo ano, a estimativa dos analistas para a taxa Selic indica que o Banco Central deve realizar apenas um corte da taxa de 0,25 ponto porcentual em todo o ano de 2009. A previsão consta da pesquisa Focus divulgada hoje pela autoridade monetária.

No levantamento feito com cerca de 80 analistas do mercado financeiro, a previsão para o patamar do juro no fim do próximo ano subiu de 13,31% para 13,50% ao ano, superior ao visto há um mês, quando estava em 13,38%. Isso indica que o juro deve cair apenas 0,25 ponto no decorrer do próximo ano, já que a previsão dos mesmos analistas para a Selic no fim de 2008 continua em 13,75%. De acordo com o cenário previsto pelo mercado, a taxa Selic deve manter-se estável na reunião que acontece nos dias 9 e 10 de dezembro. Na mesma pesquisa, a estimativa para a taxa média de juro no decorrer de 2009 manteve-se em 13,75% pela quarta semana seguida. Para 2008, a expectativa para o juro médio permanece em 12,59%, também pela quarta vez seguida. Sobre a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, o mercado alterou os números na comparação com a pesquisa anterior apenas para 2008. Para 2009, a previsão manteve-se em 38%. Para esse ano, a estimativa caiu de 39% para 38,45%. Há um mês, as projeções para a dívida estavam em 39% e 40%, respectivamente.

O mercado financeiro fez mais uma rodada de elevações nas projeções para o dólar na pesquisa Focus divulgada hoje. A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2009 subiu de R$ 2,10 para R$ 2,15. Há um mês, analistas esperavam dólar a R$ 2,00 no fim de dezembro do próximo ano. Para o câmbio em 2008, as projeções também subiram e a estimativa passou de R$ 2,10 para R$ 2,20. Há quatro semanas, a previsão estava em R$ 2,00. Analistas do mercado elevaram a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2009 de 5,20% para 5,25%. Esta foi a primeira alta após duas semanas de estabilidade nas projeções, que, há um mês, estavam em 5,06%. Para 2008, a trajetória foi contrária e a estimativa do mercado caiu de 6,39% para 6,35%. Na mesma pesquisa, a projeção de inflação para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe em 2009, na cidade de São Paulo, manteve-se em 4,72% pela segunda semana seguida. Para 2008, a previsão subiu de 6,55% para 6,58%.

A previsão de déficit nas contas externas oscilou ligeiramente na pesquisa semanal Focus divulgada hoje. A projeção para o déficit em conta corrente em 2009 oscilou de US$ 30,03 bilhões para US$ 30 bilhões, ante US$ 32,10 bilhões de quatro semanas antes. Para 2008, a projeção de déficit permaneceu em US$ 30 bilhões pela quarta semana seguida. Para o superávit comercial em 2009, a projeção para o saldo caiu de US$ 13,71 bilhões para US$ 13,66 bilhões. Para 2008, a projeção de superávit manteve-se em US$ 23,60 bilhões. A estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009 manteve-se em US$ 25 bilhões. Há um mês, o número estava em US$ 30 bilhões. Para 2008, permanece a previsão de US$ 35 bilhões, número repetido há dez semanas.