Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Interno

Mercado suíno aquecido

Mercado da carne suína ficará aquecido com a chegada do final do ano. Produto ganha espaço na mesa dos brasileiros.

Mercado suíno aquecido

A carne suína está ganhando cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros. Com a proximidade das festas de final do ano a expectativa dos pequenos e médios frigoríficos é de crescimento de até 30% de aumento no mercado interno. Segundo o sócio gerente de um frigorífico da região oeste de Santa Catarina, Ricardo Secchi, “levando em conta, o faturamento bruto dos meses de janeiro a novembro de 2010, tivemos em dezembro de 2010 um acréscimo em torno de 25%”, comentou Secchi.

Ainda de acordo com Secchi os itens mais procurados nesta época de ano são os produtos in natura com ou sem tempero, linguiças frescais e em especial o pernil. “A carne suína está presente na maioria das festas de final de ano, principalmente na noite da virada. Por isso, precisamos aproveitar essa boa fase para elevar as nossas vendas”, destacou Secchi.

Com o acréscimo na produção de final do ano, a tendência é de que o preço da carne suína pago pelos consumidores fique 5% a 10% mais caro. De acordo com o empresário e analista de um supermercado da cidade de Concórdia/SC, Márcio Simioni, os cortes mais vendidos nos últimos três meses que antecedem as datas comemorativas são os mais nobres, como o pernil e o lombo. “As vendas nesta época de ano servem de estímulo para nós supermercadistas, os frigoríficos e principalmente para os produtores que passam a ganhar mais. Sabemos das dificuldades enfrentadas pelo setor, por isso estimulamos o consumo de carne suína em nosso supermercado”, disse Simioni.

“Precisamos impulsionar a produção e o consumo, depois de tantos meses de crise. Nossos pequenos e médios produtores que até pensaram em desistir da atividade precisam ver a criação de suínos como algo rentável, e para que isso ocorra é preciso que os preços e os gastos compensem. Por isso, os preços dos insumos como o milho precisam estar estáveis”, explica o presidente do INCS, Wolmir de Souza.

Segundo o presidente a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, os produtores estão começando a se programar, mas os resultados só poderão ser vistos a partir da segunda semana de novembro. “Esperamos uma melhora significativa para o produtor que sempre se prepara o ano todo para esta época do ano”, acredita Lorenzi.

É preciso ressaltar também, que a crise no setor começou a perder força graças ao mercado interno, “Os brasileiros estão consumindo mais essa carne saborosa e nutritiva. E isso é um bom sinal principalmente para os pequenos e médios produtores e frigoríficos”, reitera Souza.