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Economia

Mercado suíno registra preços firmes e demanda aquecida em junho

Segundo Allan Hedler, a média de preços do quilo vivo na região Centro-Sul subiu 2,1% até o final desta semana.

Mercado suíno registra preços firmes e demanda aquecida em junho

O mercado brasileiro de carne suína se aproxima do final de junho apresentando um desempenho muito positivo, tanto em termos de demanda quanto em valorização nas cotações.

 Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Hedler, a média de preços do quilo vivo na região Centro-Sul subiu 2,1% até o final desta semana em relação ao final de maio, passando de R$ 3,21 para R$ 3,28. “Podemos destacar os aumentos observados em São Paulo, de 8,4%, e Goiás, de 5,7%. Na maioria das praças consultadas por SAFRAS & Mercado houve elevação no valor do quilo vivo ao longo do mês”, afirma.

 No atacado, a média de preços da carcaça no Centro-Sul teve elevação de 1,0% ao longo de junho, passando de R$ 5,03 no final de maio, para R$ 5,08 nesta semana. Já o preço médio do pernil, no mesmo período, passou de R$ 6,46 para R$ 6,58, o que representa um incremento de 1,8%.

 Conforme Hedler, a tendência é de que as cotações no atacado sigam em um movimento de alta durante a primeira semana de julho, tendo em vista o período de recebimento de salários pela população. “Com a Copa do Mundo no Brasil a demanda por carnes em geral deve seguir aquecida no período também”, afirma.

 Outro fator que garantiu suporte ao mercado suíno, de acordo com o analista, foi a continuidade dos menores volumes de abate de carne suína. Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, os abates em maio ficaram em 2,72 milhões de cabeças, 4,6% abaixo dos 2,85 milhões de animais abatidos no mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros cinco meses de 2014, o volume total de suínos abatidos chega a 13,15 milhões de cabeças, o que representa uma queda de 9,8% frente às 14,59 milhões de cabeças abatidas em igual período do ano passado.

 Nas exportações, Hedler sinaliza que o movimento observado nas primeiras semanas de junho pode contribuir para novos recordes no ano, tanto em volume quanto em faturamento. “De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações de carne suína in natura nos primeiros 14 dias úteis de junho mantiveram uma média diária de 2 mil toneladas, com incremento de 26,6% em relação à média diária registrada no mês passado, de 1,5 mil toneladas, totalizando embarques de 27,4 mil toneladas. Em receita, o valor total obtido até agora foi de US$ 114,2 milhões, o que já supera o faturamento recorde registrado em maio, de US$ 110 milhões”, pontua. “Se o ritmo for mantido, é possível que os embarques totais de carne de junho possam superar as 50 mil toneladas”, acrescenta.

 A análise de preços de SAFRAS & Mercado indicou que, no Rio Grande do Sul, o mercado independente apresentou elevação de 3,6% no preço entre o final de maio e hoje, que passou de R$ 3,31 para R$ 3,43. Na integração o quilo vivo foi mantido em R$ 2,91. Em São Paulo a arroba passou de R$ 65,50 no final de maio para R$ 71,00 nesta semana.

 No mercado catarinense o quilo vivo na integração teve elevação de cinco centavos, passando de R$ 2,90 para R$ 2,95. No interior a cotação subiu 2,9%, passando de R$ 3,40 para R$ 3,50. No Paraná, o mercado livre apresentou queda de R$ 0,3%, com o quilo passando de R$ 3,20 para R$ 3,19. No mercado integrado, o quilo vivo recuou 2,5%, com o preço passando de R$ 3,26, no final de maio, para R$ 3,18 nesta semana.

 Em Goiás o quilo vivo subiu de R$ 3,50 para R$ 3,70 ao longo do mês. No interior de Minas Gerais o quilo subiu 2,9%, passando de R$ 3,50 para R$ 3,60. No mercado independente mineiro o quilo vivo teve alta de 3,1%, passando de R$ 3,20 para R$ 3,30.

 No Mato Grosso do Sul, o quilo vivo chegou a R$ 3,60 em Campo Grande nesta semana, valor 2,9% acima do praticado no final de maio, de R$ 3,50. Na integração de Mato Grosso do Sul o quilo vivo teve valorização de 3,3% ao longo do mês, passando de R$ 3,00 para R$ 3,10.

 No Mato Grosso, o quilo do animal vivo subiu de R$ 2,82 para R$ 2,83 na integração. Em Rondonópolis, a cotação teve queda de 8,1% desde o final de maio, com o preço passando de R$ 3,10 para R$ 2,85.