O mercado do suíno tem se mantido estável nas últimas semanas, com quedas em algumas regiões, devido ao baixo volume de negócios. Ainda que os valores de venda do quilo do suíno estejam menores se comparado aos três últimos meses de 2010, a remuneração dos suinocultores supera a do mesmo período do ano passado. O produtor está recebendo cerca de 15% a mais pelo seu produto que em 2009. A tendência é que os próximos meses sinalizem uma melhora no preço, mas o aumento deve ser gradual.
Em São Paulo, a bolsa fechou entre R$ 55,00 e R$ 56,00 a arroba, cerca de R$ 3,00 a menos, em relação os preços fechados na semana anterior. Assim o quilo que antes era comercializado a R$ 3,14 passou a ser vendido por R$ 2,98 nessa semana. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, o produtor paulista tem recebido R$ 8,00 a mais na arroba. Mas o que tem preocupado os suinocultores da região é o baixo consumo associado à alta do milho, que no estado tem sido comercializado a R$ 32,00 a saca, aumentando o custo de produção, segundo informações da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).
O Paraná segue com o preço alterado nessa semana. Os produtores paranaenses tiveram grandes mudanças no preço de comercialização do quilo do suíno vivo, com a cotação atual de R$ 2,70, valor R$ 0,40 menor que na semana anterior. Já o mercado de Minas Gerais se mantém estável com R$ 3,20 o preço do quilo do suíno vivo, mas, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), pode apresentar mudanças negativas nas próximas semanas.
No Rio Grande do Sul o quilo do suíno vivo está sendo vendido a R$ 2,87, segundo a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
Declarações
“Para surpresa dos produtores, o preço tem se mantido estável, pelo menos nas últimas semanas. Hoje, o suinocultor opera a R$ 3,20 o quilo, mas a tendência é de queda para os próximos dias diante do alto volume de carcaças dos estados do Sul que estão sendo colocados no mercado mineiro e a alta no preço da saca milho, interferindo diretamente nos custos de produção”.
José Arnaldo Pena – presidente da Asemg
Só existe mercado bom quando a produção é igual ou menor do que a demanda de consumo, por isso é preciso apostar e trabalhar pelo aumento de consumo interno, que no ano passado foi responsável por manter grande parte dos produtores na atividade.
Carlos Francisco Geesdorf – Presidente da APS
“O principal motivo para a queda na cotação em São Paulo é a redução do consumo e alta oferta de suínos. Aliado a isso ainda temos a alta do milho, que nessa semana está sendo comercializado a R$ 32,00 a saca (nominalmente). Em mais de duas décadas na atividade nunca vi o milho atingir patamares tão elevados, o que torna a situação do produtor paulista bastante preocupante”.
Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.
Cotações Máx
SP R$ 2,98
PR R$ 2,70
SC R$ 2,75
GO R$ 3,20
RS R$ 2,87
MG R$ 3,20
DF R$ 3,10
MS R$ 2,90
MT R$ 2,40
CE R$ 3,95