Da Redação 28/04/2004 – 06h00 – O vice-presidente para Assuntos Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gilman Viana, afirmou ontem que as negociações entre Mercosul e União Européia ainda não avançaram porque as ofertas dos dois blocos são defensivas. “É necessário uma oferta mais agressiva em compras governamentais, serviços e investimentos e em contrapartida, mais acesso a mercados para os nossos produtos, com redução tarifária”, destacou.
Ontem, o comissário europeu para assuntos agrícolas, Franz Fischler, se reuniu com representantes do agronegócio brasileiro na CNA. O ponto principal da discussão foi o interesse europeu nas compras governamentais, serviços e investimentos no Mercosul, enquanto o interesse do bloco sul-americano busca uma maior abertura para produtos agrícolas.
Segundo Viana, o setor privado brasileiro prefere negociar reduções tarifárias nas exportações para os europeus do que aumento de cotas. Ao mesmo tempo, a CNA avalia a necessidade do País em criar marcos regulatórios para os investimentos estrangeiros diretos em infra-estrutura, serviços e compras governamentais.