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Mesmo em crise, agropecuária mineira bate recorde na exportação

<p>A agropecuária mineira atravessou uma das piores crises em 2006. A safra de grãos teve queda de 17,8% e os principais produtos apresentaram redução de preço na maior parte do ano.</p>

Redação (01/02/07) – Com exceção do café, cana-de-açúcar e carnes que sustentaram a alta geral de 3,3% do Valor Bruto da Produção (VBP) a maioria dos produtos apresentaram queda no faturamento. A esperada recuperação dos preços internacionais das commodities, como milho e soja, veio no final de 2006, com a safra já vendida, analisa o chefe da Assessoria Técnica da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Rodolfo Oliveira.

O faturamento dos produtores de algodão caiu 33,9%; da soja, 24,4%; do feijão, 26,5%; do milho, 16,2% e do arroz 19,7%. Já o café, puxado pelo crescimento de 44,5% da safra e elevação dos preços internacionais, apresentou aumento no faturamento de 24,5%. A cana, motivada pelo aquecimento no mercado de açúcar e álcool, subiu 64,5% e a carne bovina, 17,2%.

EXPORTAÇÕES

O dólar defasado e os problemas sanitários não foram suficientes para barrar a performance das exportações. O saldo comercial do agronegócio mineiro cresceu 13%, em relação a 2005, embora o volume exportado tenha caído 5%. A receita gerada com as exportações chegou a US$ 3,73 bilhões, recorde para o setor. O café novamente foi destaque, juntamente com o complexo carne. As vendas externas do café aumentaram 7% em volume e 13% em receita. Na carne, o crescimento foi de 16% no volume e 48% na receita. O complexo soja teve queda de 20% no volume exportado e 22% na receita.

As importações surpreenderam e cresceram 89% em volume, o que levou o Estado a gastar 43% a mais que em 2005 com as compras externas. O arroz liderou o volume importado: 1.865%; seguido pelo algodão, 175% e trigo, 123%. Nos três casos, a queda na produção interna explica o aumento da importação.