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Metas e novos mercados

Abef e Abipecs pretendem aumentar em 10% as exportações de carne de frango e de carne suína em 2003.

Da Redação 17/01/2003 – Os exportadores brasileiros de frango pretendem aumentar em 10% suas vendas em 2003. A indústria brasileira de carne suína definiu meta semelhante. Representantes dos dois setores levaram nesta quinta-feira ao governo os resultados de 2002. Os embarques de frango chegaram a 1,6 milhão de toneladas e geraram receitas de US$ 1,4 bilhão. Com esse desempenho, o Brasil passou a deter 31% do mercado mundial e garantiu o segundo lugar na lista de fornecedores.

Para Claudio Martins, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), aumentar os embarques em 10% é uma meta “factível”. Em conversa com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, ele discutiu iniciativas para a abertura dos mercados chinês e canadenses. A negociação para a venda de frango ao Canadá está “parada”, disse Martins. Quanto à China, a indústria pediu uma solução para o impasse que tem impedido os embarques ao país.

Segundo ele, o governo anterior mandou uma delegação ao país asiático, em setembro, que conseguiu abrir o mercado chinês. “Mas a burocracia não permite o envio de guias para os exportadores”, reclamou Martins, estimando em US$ 100 milhões a possibilidade de ganhos com aquele mercado.

A indústria de carne suína exportou 475 mil toneladas em 2002, com receitas de US$ 485 milhões. A maior preocupação agora é destravar as vendas para a Rússia, um dos clientes mais importantes para o setor.

Desde 23 de dezembro os frigoríficos de Santa Catarina estão proibidos de exportar para esse mercado, por causa da incidência da doença de Aujeszky. A vigilância sanitária se comprometeu a eliminar todos os animais doentes até hoje, o que deve facilitar as negociações. Uma missão brasileira poderá visitar a Rússia nos dias 24 ou 27 de janeiro para tentar resolver o problema. “A doença é classificada pela OIE como não-impeditiva do comércio”, afirmou Martins.