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Milho no MT

Aprosoja propõe ajustes nos mecanismos de subvenção ao milho. Entidade quer elevar valores e reduzir perdas logísticas.

Milho no MT

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, encaminhou na terça-feira (6) documento ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, propondo ajustes nos mecanismos de subvenção ao milho no Estado, especialmente em relação à política de garantia de preços mínimos e dos valores dos prêmios dos leilões de PEP (Prêmio de Escoamento do Produto).

“Defendemos a elevação dos valores dos prêmios leiloados. Em todas as regiões do Estado, à exceção do nordeste, o prêmio máximo está aquém da diferença entre o preço mínimo vigente e a paridade de exportação, cálculo este que pauta a grande maioria dos negócios de milho em Mato Grosso apoiados pelos leilões”, afirma Silveira.

A Aprosoja/MT quer que os preços mínimos sejam reajustados na região norte, de R$ 6/saca para R$ 7,14, na região centro-oeste, de R$ 6,50 para R$ 7,74,centro-sul, de R$ 7,50 para R$ 8,94, oeste, de R$ 7 para R$ 8,34, nordeste, de R$ 10 para R$ 10,44 e, sul, de R$ 8,50 para R$ 10,44.

Quanto aos prêmios dos leilões a proposta é de que os valores sejam elevados de R$ 6,84 para R$ 7,98 (região norte), R$ 6,24 para R$ 7,48 (centro-oeste), R$ 5,04 para R$ 6,48 (centro-sul), R$ 5,64 para R$ 6,98 (oeste) e R$ 3,54 para R$ 5,48 (sul).

Outro motivo de preocupação dos produtores e empresas participantes dos leilões diz respeito ao prazo de comprovação do PEP. De acordo com Silveira, o prazo estipulado para comprovação das operações vem limitando o andamento de alguns negócios que poderiam ser efetivados caso este prazo fosse mais dilatado. “Na região oeste de Mato Grosso, por motivos logísticos e climáticos que impactam fluxo de escoamento, os volumes ofertados nos leilões não estão sendo aproveitados em sua totalidade pelo mercado. Por isso, a nossa solicitação é de que os prazos de comprovação dos leilões sejam alongados de 31 de dezembro de 2010 para 28 de fevereiro de 2011”.

Pepro – No documento encaminhado ao ministro, a Aprosoja/MT considera ainda a possibilidade de realização de alguns leilões de Pepro para Mato Grosso já no mês de julho, tendo em vista algumas limitações característica dos leilões de PEP, como a tendência dos compradores de fechar as operações somente envolvendo produto depositado em suas unidades armazenadoras e a restrição do número de participantes, já que as vendas estaduais permitem apenas exportação direta do produto, barrando operações de “escala” entre comerciantes e exportadores. “Desta forma, apenas grandes compradores conseguem participar dos leilões, por possuírem a integração entre a originação do produto e a logística de armazenagem e exportação”, sustenta Silveira.

AGF – Outro pleito dos produtores é a AGF (Aquisição do Governo Federal) com abatimento de dívidas. O presidente da Aprosoja/MT diz que o setor entende e apóia que as políticas de subvenção aos preços mínimos devem se basear no incentivo ao escoamento, tendo em vista as deficiências logísticas da região Centro-Norte do país.

“No entanto, nas regiões mais prejudicadas logisticamente, se fazem necessárias também as AGFs, pois os prêmios estipulados através dos leilões Pepro ou PEP não compensam esta desvantagem logística”, frisa Silveira, defendendo também que seja considerada e debatida, entre o Mapa e os demais ministérios envolvidos, a possibilidade de utilização destes volumes de milho para pagamento ou amortização de dívidas renegociadas junto ao Banco do Brasil.

A Aprosoja/MT defende também a liberação de cooperativas para operações no mercado interno. Atualmente, as cooperativas ficam impossibilitadas de adquirir o milho de seus cooperados e revendê-lo a outros estados que não possuem restrição aos leilões, podendo apenas realizar operações de exportação do produto.