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Milho no MT e MS

Safra de milho 2010 deve recorde em Mato Grosso do Sul. No Mato Grosso, 92% da área cultivada nesta safra está colhido.

Milho no MT e MS

No Mato Grosso do Sul, especialistas ouvidos pelo Douradosagora indicam excelente produtividade, resultado obtido principalmente nas lavouras plantadas de forma precoce. Nas primeiras lavouras colhidas, a produtividade chega a 100 sacas por hectare, considerada excelente.

O pico da colheita acontece em agosto e segue até meado de setembro. Até lá, a média de produtividade deve baixar para em torno de 60 ou 70 sacas por hectare, índice também considerado muito bom.

Apesar da ótima produção, os produtores temem pelo baixo preço pago pelo milho produzido no Estado.

MT- A área plantada de milho em Mato Grosso, num total de 2 milhões de hectares no ciclo 09/10, está encerrando o mês de julho com 92,1% das lavouras já colhidas, representando 1,84 milhão de hectares. As informações constam do último levantamento sobre a colheita no Estado, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Em apenas uma região – a norte, com 8,70 mil hectares plantados nesta safra – a colheita está 100% concluída em Mato Grosso. A região que plantou a maior área de milho foi a médio norte, com 982,82 mil hectares, onde a colheita atinge 96,8% das lavouras. Outras regiões com colheita em andamento: centro-sul (92,5%), nordeste (91,8%), noroeste (91,8%), oeste (87,7% da área colhida) e, sudeste, 82,7%.

Com quase toda a produção colhida, a comercialização segue embalada pelos leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que já somam oito pregões. No último leilão PEP (Prêmio de Escoamento de Produto), realizado na quinta-feira, toda a produção ofertada de Mato Grosso, num total de 1,20 milhão de toneladas, foi vendida, encerrando com deságio de 31%. (Veja quadro)

De acordo com levantamento de preços nas principais regiões produtoras do Estado, acompanhados pelo Imea, o mercado de milho se mantém estável há cerca de um mês.

Em Campo Verde, o preço da saca de milho está em torno de R$ 9, valor 17% menor que no mesmo período do ano passado. Em Canarana, o preço médio da saca neste mês ficou em torno de R$ 11, mantendo a média do ano anterior.

Pressão- O preço de paridade – preço no porto menos frete – ficou na casa de R$ 6,10 em Sorriso. Em Sapezal, o preço é de R$ 6,40, porém devido à grande oferta do grão, o que realmente é disponibilizado pelos compradores é de R$ 6,20.

Com os preços abaixo da expectativa dos produtores, os olhares continuam firmes nos leilões da Conab, que tem apresentado bom resultado para o produtor. O melhor desempenho alcançado nos pregões foi verificado no leilão da última quinta-feira. Para a próxima semana está prevista a comercialização de mais 1,20 milhão de toneladas no novo leilão PEP da Conab, no dia 5.

O valor recebido pela tonelada exportada em Mato Grosso, em 2010, tem seguido à lei da oferta e demanda, na qual o aumento da oferta do grão com o início da colheita derrubou os rendimentos em 14%. Os valores recebidos pelos exportadores caíram de R$ 177, no mês de janeiro, para R$ 152 em junho, valor 10% maior que no ano anterior, quando o preço da tonelada do cereal em junho era de R$ 138,05.

De acordo com o Imea, desde que a colheita começou, no final de maio, o valor recebido pela tonelada do cereal caiu 10%.

As exportações no mês de junho somaram 618 toneladas, volume menor em relação aos outros meses, pois concentrou principalmente os últimos embarques de milho da antiga safra. Para efeito de comparação, em 2010 o volume acumulado das exportações é 6% inferior ao mesmo período de 2009.

A produção de milho na safra 09/10 deverá atingir 7,53 milhões de toneladas, segundo o último levantamento da Conab.

Com cerca de 30% já colhido no Brasil, o milho segunda safra, segundo dados da Conab, apresentará uma produção de cerca de 19 milhões de toneladas em todo o País, 12% maior que a do mesmo período do ano passado.

Uma notícia que animou o mercado brasileiro foi a de que as exportações de milho deverão vir com força neste segundo semestre, recuperando-se do pequeno volume exportado até agora, que correspondeu a uma queda de 40% em relação ao mesmo período de 2009.