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Exportação

Ministro vai à Rússia negociar comércio de carnes

Wagner Rossi fará uma visita-relâmpago à Rússia na próxima semana para negociar condições mais favoráveis de acesso às carnes brasileiras no país asiático.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, fará uma visita-relâmpago à Rússia na próxima semana para negociar condições mais favoráveis de acesso às carnes brasileiras no país asiático.

Na mesa, estarão as reivindicações do Brasil para alterar a política de cotas específicas oferecidas pela Rússia a seus parceiros preferenciais, como Estados Unidos e União Europeia, além de mudanças no credenciamento de unidades frigoríficas exportadoras e exigências técnicas de sanidade animal para importação.

“Algumas questões não se resolvem com uma visita ou reunião, mas com sucessivas aproximações. É o momento de avançar nessas relações porque a Rússia está no momento de negociação para entrar na OMC”, disse Rossi ao Valor. “Isso é bom para todos porque eles estavam à margem das regras internacionais. Avançaram com os Estados Unidos e dão prioridade à Europa. Não podemos ter perdas para a concorrência, sobretudo na questão das carnes”, afirmou. Rossi reivindicará alterações no credenciamento de exportadores, ampliação das plantas credenciadas, mais agilidade na resolução de problemas e revisão de exigências da sanidade russa.

Para “afinar a viola” com os russos em Moscou, Rossi será recebido, na segunda-feira, pelas ministras da Agricultura, Elena Skrínnik, e do Desenvolvimento Econômico, Elvira Nabiulina. O secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, está na capital russa em negociações preliminares com o temido “czar” local da inspeção fitossanitária federal, Sergei Dankvert. Na terça, Rossi se reúne com importadores russos e empresas brasileiras com negócios no país. “Não defendemos privilégios. Isso não é bom. O sistema de cotas é uma questão de soberania da Rússia, mas nessa relação entre países é preciso um relativo equilíbrio. “.

A Rússia concede tratamento diferenciado a seus parceiros, com notória preferência para EUA e UE, com a criação de cotas específicas. Os demais países, incluído o Brasil, ficam apenas com uma “cota geral” de outros mercados. Rossi afirma que questionará essa discriminação: “Não deveria haver cotas específicas, mas permitir a emulação, a competição. Então, vamos defender a ampliação das cotas livres”, disse. No caso das exportações de bovinos, segundo Rossi, a situação “é tranquila” porque 85% da cota é livre.