Uma missão da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena da China (AQSIQ) virá ao Brasil até 15 de dezembro para inspecionar frigoríficos. A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que está na China com uma comitiva brasileira, disse, em nota, que o objetivo da missão é avaliar a sanidade do rebanho brasileiro e que pode por fim ao embargo à carne bovina que vigora desde dezembro de 2012.
Os chineses adotaram a restrição após o registro de um evento priônico numa vaca morta no Paraná em 2010. De acordo com Kátia, os técnicos da AQSIQ constatarão, durante a visita, que não há ameaça da doença da vaca louca no país. Há uma expectativa de que seja ampliado o número de fornecedores para aquele mercado. Nove plantas do Brasil têm autorização para vender carne bovina para a China continental, enquanto a Argentina tem 18 frigoríficos habilitados e o Uruguai, 22, diz a CNA.
Segundo a entidade, Kátia Abreu disse em Pequim que o país conseguiu a liberação para que cinco plantas de frango comecem a exportar para a China, onde o consumo médio per capita é de 9,7 quilos. Durante a viagem dos técnicos da AQSIQ ao Brasil, mais oito plantas devem ser inspecionadas. A expectativa é de que a publicação dos nomes dos estabelecimentos habilitados pelo governo chinês aconteça em breve.
“No ano passado, a China importou o equivalente a US$ 1,75 trilhão. Apenas US$ 41 bilhões vieram do Brasil”, afirmou a senadora na nota. Segundo ela, de tudo que o Brasil exporta para a China, 70% é soja. O país quer ampliar a venda de carne suína, bovina, algodão e especialmente café. A China consome 60 mil toneladas anuais de café, uma média de três copos por ano, enquanto o consumo médio no mundo é de 240 copos por pessoa.