O interesse pelos produtos agropecuários trouxe 17 missões técnicas internacionais ao Brasil, em 2009, para inspeções na área de defesa agropecuária. A manutenção das exportações de carne bovina e a abertura de mercado para carne suína e bovinos vivos aos 27 países que integram a União Europeia foram destacadas pelo secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz ao fazer uma retrospectiva das visitas. Ele lembrou que esses importadores são expressivos consumidores de produtos brasileiros, com peso significativo na balança comercial.
Outras duas missões evidenciadas por Inácio Kroetz foram as do Chile e dos Estados Unidos. Os chilenos analisaram a ampliação da área aprovada para exportar carne bovina e a habilitação de estabelecimentos produtores de alimentação animal. “As inspeções norte-americanas concentraram-se na área de sanidade avícola, como parte do processo de análise de risco para importação de carne de aves in natura,” explicou.
A missão da Coreia do Sul, informa Kroetz, foi verificada a possibilidade de importar a carne suína in natura e carnes suína e bovina termoprocessadas. No caso do Canadá, o enfoque foi a habilitação de fabricantes de produtos para alimentação de animais de companhia. Já os chineses conheceram a experiência brasileira no reconhecimento internacional de zonas livres de doenças.
Com o crescimento da demanda, em 2009, a Secretaria de Defesa Agropecuária respondeu 22 questionários para abertura de mercados, contrapondo aos oito preenchidos no ano passado. Os resultados obtidos foram a aprovação das exportações de material genético avícola para a União Europeia, de carne suína para o Vietnã e Filipinas, de carne bovina in natura para Indonésia e a consolidação das exportações de carne bovina para a Venezuela e retomada para o Chile, com o reconhecimento do status de área livre de febre aftosa para o Mato Grosso do Sul e Tocantins. Esses estados somaram-se aos anteriormente aprovados: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul, com habilitação de estabelecimentos.
Rússia – Inácio Kroetz aponta o sucesso da criação do Grupo de Trabalho Brasil e Rússia, em janeiro de 2009, que discutiu assuntos fitossanitários (área vegetal). “Seguimos a linha de 2008, quando instituímos o grupo de trabalho semelhante para tratar de sanidade animal. Com isso, as negociações para exportações brasileiras de soja (grão e farelo) avançaram e assinamos memorando de cooperação técnica nas áreas laboratorial e de controle de resíduos e contaminantes”, explica o secretário. O objetivo, esclareceu Kroetz, é promover o intercâmbio técnico e científico para harmonização de programas de controle de resíduos e contaminantes entre os dois países. Na opinião do secretário, as reuniões imprimiram agilidade nas negociações.
Em 2010, missões da Rússia devem inspecionar estabelecimentos, com base em indicação da secretaria, para definir novas habilitações. Técnicos do México são aguardados para conhecer o sistema de produção de carne suína em Santa Catarina e a missão da África do Sul para estudar a possibilidade de importar material genético avícola.