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Indicação Geográfica

Mobilização da sociedade é necessária para a efetivação do IG

Em visita a Concórdia, representantes do Ministério da Agricultura dão encaminhamentos para a construção da Indicação Geográfica da Carne Suína.

Mobilização da sociedade é necessária para a efetivação do IG

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estiveram em Concórdia, na Embrapa Suínos e Aves, para participar de uma reunião junto aos proprietários e produtores dos frigoríficos interessados no selo de Indicação Geográfica da Carne Suína do Meio Oeste Catarinense e ao Instituto Nacional da Carne Suína (INCS). Além de dar dicas importantes para a construção da IG, o Mapa se colocou a disposição para ajudar na ardua caminhada até a certificação.

José Carlos Ramos, fiscal agropecuário do Mapa, pontuou algumas questões que precisam ser resolvidas para que a Indicação Geográfica de os resultados esperados. A primeira é diferenciação de produto. “Qual é o diferencial do produto derivado de carne suína que a pequena agroindústria frigorífica do Meio Oeste Catarinense pode oferecer?”, perguntou Ramos. Outro fator importantíssimo é a mobilização regional e o interesse da população em buscar a IG para a carne suína.

 Ramos destacou que o processo de IG não envolve somente o setor produtivo e sim a sociedade como um todo. “A partir do IG da carne suína, outros setores também serão envolvidos e serão beneficiados. Um exemplo é o Vale dos Vinhedos, localizado no Rio Grande do Sul, um dos primeiros a conseguir a certificação da Indicação Geográfica. Lá o selo não apenas agregou valor ao produto, como deu visibilidade para a região, criando um forte apelo turístico, que desenvolveu a rede hoteleira, gastronômica e de  entretenimento”, explica.

Para o presidente da Associação de Produtores de Carne e Derivados de Suíno do Meio Oeste Catarinense (Aprosui), Altair Dale Laste, que representa os frigoríficos envolvidos, a reunião foi bastante positiva. “Serviu para esclarecer as ações que precisamos desenvolver e também para amadurecer a ideia de Indicação Geográfica”, afirma. “Nós achavamos que seria mais simples, mas o tempo  para se dedicar a este projeto terá que ser maior, serão mais reuniões, mais viagens de conhecimento e treinamentos”, completa Dale Laste.

Wolmir de Souza, presidente do INCS, que também está engajado e a fente deste projeto, já planeja as próximas estratégias para dar encaminha mento ao IG. “Até dia 20 de novembro, quando está marcada a próxima reunião, teremos que ter definida a área de abrangência da Indicação Geográfica, assim como os produtos, embutidos e temperados, que irão receber o sel de certificação”, conta. Souza destaca ainda que, junto a Embrapa, ainda neste ano será promovido um seminário envolvendo lideranças da área de abrangência com o intuito de mobilizar a população e buscar mais interessados em praticipar do projeto.