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Sanidade

Modernização da avicultura busca segurança sanitária

Paraná adequa-se às regras do Mapa, que determinam cuidados importantes para a criação de frangos e atendem exigências de mercados externos que consomem a carne de frango paranaense.

Hoje, o Paraná exporta para mais de 120 países em todo o mundo e bate recordes de produção. Somente de janeiro a julho de 2010, foram 768.271.836 cabeças abatidas no estado, com um retorno financeiro de cerca de 946 milhões de dólares somente nas exportações do período. Mas o Estado tem capacidade para produzir e exportar ainda mais. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), até o final do ano o Estado deve estar exportando 100 mil toneladas de carne de frango por mês. E para chegar a esse novo patamar, a indústria paranaense está se adequando as regras divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na Instrução Normativa 59, de 02 de dezembro de 2009, que determinam cuidados importantes para a criação de frangos e atendem exigências de mercados externos que ainda não são consumidores da carne de frango paranaense.

A principal preocupação contida nessa resolução do MAPA é a questão de evitar a transmissão de doenças entre os animais nos aviários e evitar o contato das aves de corte com animais domésticos e silvestres. De acordo com Aguinaldo Bulla, responsável pelo departamento de expansão e integração do grupo Frangos Canção, as mudanças nos estabelecimentos “visam melhorar ainda mais o controle sanitário nos aviários de criação de frangos de corte”. Até 2012, todos os aviários devem instalar alambrados em torno dos aviários com uma distância de cinco metros e com altura de pelo menos um metro. Além disso, os aviários devem ter arcos de desinfecção para veículos e banheiros com trocadores e vestiários.

Mudanças nos aviários

“Cada uma dessas exigências do Ministério tem um motivo específico”, garante Bulla, que é o responsável pela instauração de cada uma dessas exigências na rede de produtores integrados do Frangos Canção. Os alambrados têm como objetivo inibir a entrada de animais, sejam eles domésticos ou silvestres. Já os arcos de desinfecção são utilizados para esterilizar veículos e caminhões de transporte de ração e aves. “O sistema conta com um reservatório de água tratada junto com produtos de desinfecção, que são injetados sempre que um veículo passa pelo arco”, explica Bulla.

Os banheiros com trocadores e vestiários na entrada dos aviários são a principal mudança e investimento dentro dessa exigência. Ali, todas as pessoas que forem entrar no espaço de criação das aves entra com uma roupa especial e esterilizada, afim de não levar bactérias, vírus, insetos e outros parasitas para dentro das instalações. “Um técnico visita vários aviários por dia para dar assistência técnica e obviamente pode levar de um complexo para o outro em suas roupas e calçados material que possa causar problemas de sanidade as aves. Com esse vestiário, que coloca à disposição de quem entrar no complexo roupas descartáveis ou esterilizadas, fica muito maior o controle sobre a proliferação de enfermidades”, explica o responsável pelo departamento de expansão e integração do Frangos Canção.

Mesmo que essas mudanças tenham que estar prontas até 2012, já está sendo feito um trabalho de conscientização e adequação dos produtores integrados. No Frangos Canção, o trabalho é feito de forma explicativa, mostrando as vantagens da adesão as normas. “Os produtores têm aceitado muito bem estas novas regras, uma vez que sabem que isto vai trazer ganhos adicionais na criação de frangos de corte” argumenta Bulla.