A companhia de agronegócio norte-americana Monsanto registrou lucro líquido de US$ 1,459 bilhão (US$ 3,27 por ação) no segundo trimestre do ano fiscal de 2018. O montante é 6,7% maior do que os US$ 1,368 bilhão (US$ 3,09 por ação) obtido em igual intervalo do ciclo anterior. A receita recuou 1,1% no segundo trimestre fiscal, para US$ 5,019 bilhões. No período anterior, a receita foi de US$ 5,074 bilhões.
A empresa atribuiu o desempenho, em parte, ao melhor preço do glifosato, e ao aumento da área plantada com soja Intacta RR2 Protm. Esses ganhos compensaram a diminuição dos volumes de milho, com queda do preço no Brasil e área menor nos Estados Unidos. Os custos de vendas, gerais e administrativos foram de US$ 652 milhões, e as despesas de pesquisa e desenvolvimento foram de US$ 394 milhões no segundo trimestre, praticamente estável. A Monsanto atribui a queda de cerca de US$ 60 milhões na receita a questões cambiais e de hedge no trimestre.
Conforme o balanço da companhia, as vendas de sementes tiveram queda de 2,3%, para US$ 4,088 bilhões, ante US$ 4,18 bilhões. As de sementes de milho, que respondem pela maior parte da receita do segmento, registraram queda de 6,2%, para US$ 2,721 bilhões (ante US$ 2,902 bilhões).
As vendas de soja avançaram para US$ 912 milhões, ante US$ 862 milhões, enquanto as do setor de produtividade agrícola, que compreende defensivos, subiram para US$ 931 milhões (ante US$ 888 milhões).
Para o fim do ano fiscal de 2018, a empresa continua esperando que o crescimento impulsionado pelo preço do glifosato e pela contínua adoção de novas tecnologias em sementes, bem como reduções nos custos de lançamento relacionados produtos. Além disso, a empresa espera que os benefícios relacionados às vendas estratégicas de ativos e às contribuições de licenciamento sejam cerca de 30% abaixo da contribuição anual média de US$ 350 milhões antes dos impostos nos últimos três anos.
Sobre a venda à alemã Bayer, a Monsanto relatou que se mantém otimista sobre a conclusão do negócio ainda neste primeiro semestre do ano. “O número de aprovações antitruste continua a aumentar, principalmente da Comissão Europeia, da China e do Brasil”, diz. A empresa ressalta que a Bayer anunciou vários desinvestimentos planejados. “Com essas ações, a Monsanto continua confiante na capacidade coletiva das empresas de assegurar as aprovações necessárias dentro do segundo trimestre de 2018 e no tempo previsto pelo acordo”.