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MP que elevam custos de soja e reduzem competitividade são criticadas pela Ubabef

As medidas retiraram benefícios dos fornecedores de farelo de soja e, consequentemente, resultaram em perda de competitividade para a cadeia de avicultura.

MP que elevam custos de soja e reduzem competitividade são criticadas pela Ubabef

O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, criticou hoje duas medidas provisórias decretadas pelo governo federal no mês de dezembro. As medidas retiraram benefícios dos fornecedores de farelo de soja e, consequentemente, resultaram em perda de competitividade para a cadeia de avicultura, que utiliza o farelo de soja como ração e terá de pagar mais caro pelo produto, o que não ocorrerá com o comprador internacional.
   
“O governo comete algumas barberagens bem significativas criando dificuldades para o setor”, comenta Turra. Antes das medidas provisórias, havia o crédito de 4,63% sobre compra de soja usada na fabricação de farelo de soja que fosse vendido no mercado externo e crédito de 4,63% sobre compra de soja usado na fabricação de farelo de soja que fosse vendido no mercado interno.
   
No dia 2 de dezembro, o governo, por meio da Medida Provisória 552, retirou o crédito de 4,63% na compra de soja utilizado para fabricar farelo de soja para o mercado interno e também retirou o crédito, com a mesma porcentagem, para a compra de soja usada na fabricação deste produto vendido no mercado externo.

    
Essa medida vigorou até o dia 25 de dezembro, porém, em 26 de dezembro, por meio da MP 556, o governo, voltou a inserir o crédito de 4,63% sobre a compra de soja usado na fabricação de farejo de soja vendido no mercado externo, mas não voltou atrás a respeito do crédito ao fornecedor de soja para o mercado interno.
   
“A MP agrega custo direto para o exportador brasileiro. A MP 552 retirou um crédito que a gente tem direito e a MP 556, além de retirar crédito, ainda agrega preço para o setor”, disse o diretor de mercados da Ubabef, Ricardo Santin.
  
Para Turra, com isso, o vendedor de commodities tem muito mais vantagem em exportar. “O governo, ao invés de criar empregos aqui, vendeu para os outros a possibilidade de criar empregos lá fora. Foi um equívoco brutal”, comentou.
   
Ele informou ainda que a Ubabef levará amanhã um ofício à presidente da República Dilma Rousseff para explicar que as MPs prejudicam o setor. “A gente acredita muito no bom senso dela e não se sabe qual foi a lógica da retirada (dos créditos)”, salientou o presidente da entidade.