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Mudança na geografia comercial deve favorecer produtos do Brasil

<p>Atualmente temos novos destinos para os produtos brasileiros exportados. Antes os destinos apenas eram EUA, Japão e UE, agora podemos incluir países emergentes, caso da China, por exemplo.</p>

Redação (30/11/2007)- O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, participou do IV Encontro Técnico Unifrango, em Maringá (PR) e revelou, em entrevista à imprensa, que as mudanças recentes na geografia comercial do setor carnes colocaram o Brasil em uma posição privilegiada, com um cenário bastante promissor daqui para frente. "Há alguns anos quando falávamos de países importadores, os destinos eram Estados Unidos, União Européia e Japão.

Hoje temos novos destinos para exportar, sobretudo em países emergentes, caso da China, por exemplo, cuja economia e renda da população está melhorando", afirma.

Pratini ressalta, entretanto, que é preciso inovar na forma de comercializar nossos produtos, com agregação de valor, porque o principal interesse da agricultura é o de elevar o potencial de renda do produtor. "O horizonte para o setor carnes brasileiro é extraordinário, mas o país precisa investir ainda mais em tecnologia, marketing, logística e distribuição, porque a demanda pela carne brasileira será cada vez maior e precisamos estar preparados", analisa.

O dirigente destaca as ações adotadas pela ABIEC visando ampliar o leque de clientes externos. "Vendemos hoje para 182 países, promovendo churrascos para novos potenciais importadores. De cada 3 quilos de carne vendidos no mundo, um é brasileiro, o que explica a razão das exportações do país crescerem cerca de 20% a 30% a cada ano. Mas isso ainda pode ser melhorado, com produtos ainda mais sofisticados, visto que o Brasil exporta apenas 25% da carne bovina que produz", analisa.

No caso da avicultura, Pratini afirma que o setor caminha com boas perspectivas de crescimento e que precisa estar voltado a países emergentes, que tem de a aumentar cada vez mais o consumo. "O Brasil teve uma certa dificuldade em 2006 com os casos mundiais de influenza aviária, mas neste ano está muito bem, apesar do câmbio sobrevalorizado", afirma. Pratini entende que é preciso seguir exportando carne de frango para países emergentes e buscando vender aos países desenvolvidos produtos com maior valor agregado. "Hoje, o aumento no consumo de bife ou de frango simboliza que um país está melhorando economicamente e isso precisa ser aproveitado pelo Brasil", finaliza.