O Nepal pode não estar no topo da lista quando se fala em produção de suínos, já que em sua tradição no consumo da proteína ainda é recente, porém essa realidade está aos poucos sendo modificada pelas novas gerações. De acordo com o artigo publicado no site Pig Progress, o país, que tem uma rica diversidade de comunidades étnicas, castas e crenças, vem diminuindo suas restrições alimentares e com isso a carne suína ganha cada vez mais espaço.
Segundo a publicação, a produção de suínos tem um grande potencial para se tornar parte do cardápio diário dos nepaleses, e também para se tornar uma fonte de renda para produtores domésticos. Atualmente, os índices de consumo per capita tornam a competição ainda difícil, quando os números atuais de consumo de proteína animal giram em torno dos 11kg, destes a carne de búfalo tem a primeira posição com 58% de toda a produção de carne. Suínos vêm atualmente em quarto lugar, com 1 kg per capita.
Mesmo assim, a carne de porco é consumida por uma parte da comunidade, como Rai, Sherpa e Tamang, e a produção suinícola está sendo aceita por outra parte da população. Contudo, as chamadas “castas superiores” são mais resistentes em relação ao consumo desta proteína. Porém, essa cultura está mudando, especialmente em comunidades urbanas e entre a geração mais jovem, já que para estes as restrições culturais alimentares tem perdido sua importância. Além disso, as cidades estão crescendo rápido devido ao aumento de migrações, a combinação destes fatores leva a um país que esta gradualmente mudando seus hábitos alimentares.
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Neste mercado em constante mudança, a carne suína se mostra uma boa opção para o cardápio. Tipicamente, há uma distinção entre a carne de animais fêmeas e machos no mercado de carnes nepalês. No caso de cabras, galinhas e búfalos, consumidores locais não consomem carne de fêmeas. Para porcos, no entanto, a distinção não se aplica, o consumo é igual para ambos os sexos.
