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Mudanças na política agrícola exigirão três anos de adaptação

O presidente da comissão da CNA admite que o primeiro passo para o aprimoramento da política agrícola será o próprio agricultor tornar sua atividade transparente.

Redação (12/02/2009)- O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, previu que as mudanças que o governo e o setor privado estão discutindo e que deverão ser implementadas na política agrícola, terão que demorar duas ou três safras para serem implementadas. O prazo é necessário para o setor se adaptar à nova realidade. Na avaliação do produtor o sistema atual está falido e não pode mais continuar a regular a atividade agropecuária. A política atual é baseada apenas no crédito, não há apoio para a renda nem seguro safra, por isso não funciona mais, completou ele.

O presidente da comissão da CNA admite que o primeiro passo para o aprimoramento da política agrícola será o próprio agricultor tornar sua atividade transparente, se profissionalizando e constituindo empresa. Mas para isso, o governo terá que oferecer como contrapartida a redução da carga tributária. Com as atividades formalizadas ficaria mais fácil atrair investimentos e expandir a produção, explicou ele.

Na avaliação de Schreiner não dá mais para os produtores continuarem renegociando dívidas, processo que só beneficia os bancos. Se a agricultura e os produtores são importantes para o país, está na hora de ser feita a mudança, completou ele.