Após o anúncio de suspensão dos embarques de produtos avícolas da BRF para a União Europeia, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), se manifestou afirmando que confia em uma efetiva e imediata solução, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para a retomada das exportações. Considerando o protagonismo da avicultura brasileira e os cuidados sanitários, associação frisa que não existem motivos concretos para impor embargos ao setor.
Considerando o protagonista da avicultura no Brasil, a ABPA reforça a necessidade de resolver com urgência essa situação. “O Governo brasileiro precisa e deve esclarecer rapidamente a questão. O país não pode ceder às ameaças que colocam em risco milhares de empregos e as empresas do nosso setor. Somos parceiros de longa data da União Europeia, para onde exportamos mais de 5 milhões de toneladas de carne de frango apenas nos últimos 10 anos”, pontua a associação em nota acrescentando que nunca houve qualquer registro de problemas de saúde pública relacionados à carne brasileira. “Não há, portanto, motivos concretos para impor embargos a qualquer empresa de nosso setor, especialmente tratando de fatos passados e que já foram corrigidos”.
A entidade representativa da avicultura e a suinocultura do País, lembra que o setor produtivo gera 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos para o País. “Somente na BRF, são mais de 100 mil empregos diretos. A avicultura também protagoniza uma das mais relevantes contribuições para o saldo positivo da balança comercial – superando US$ 7 bilhões em divisas”, comunicou em nota.
Divergência no critério de classificação de produtos
A ABPA ainda esclareceu que toda a questão em torno deste tema decorre de divergências sobre critérios de classificação de produtos exportados no que tange à Salmonella spp que, em termos práticos, não traz risco à saúde pública.
“Por fim, vale lembrar que o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. Ao longo de quatro décadas, embarcamos mais de 60 milhões de toneladas de carne de frango, em mais de 2,4 milhões de contêineres para 203 países. O primeiro contêiner, inclusive, foi enviado pela Sadia, marca da BRF. Ao longo de sua história, a avicultura brasileira construiu uma trajetória sólida pautada pela preservação de seu status sanitário e da qualidade de seus produtos. Nada mudou”, concluí.