As vendas do comércio em outubro são uma previa de como serão as compras de Natal no País. A atividade do segmento cresceu 1,6% no período em relação ao mês anterior (setembro deste ano), já descontadas as influências sazonais – no caso, o Dia das Crianças. O indicador é o maior do segundo semestre, e já reflete as compras de fim de ano, que até dezembro, devem aumentar.
A pesquisa, realizada pela Serasa, aponta que, a aceleração da atividade do comércio durante outubro confirma a tendência da consolidação de um ritmo de expansão no consumo mais acentuada neste último trimestre de 2010, sinalizando que o Natal deste ano deverá registrar um excelente desempenho em termos de vendas do varejo.
“No ano, esperamos que o varejo tenha um crescimento acima dos 10%. Esse positivo índice é reflexo da expansão do crédito e do aumento da massa de rendimento (salário real dos trabalhadores multiplicado pelo índice de emprego)”, explica Luiz Rabi, gerente de indicadores de mercado da Serasa.
A regra é simples: quanto mais dinheiro no bolso do consumidor, maior será o desempenho do setor de comércio. O resultado positivo verificado no mês foi puxado pela alta de 1,7% no movimento dos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas e pelo avanço de 0,9% no segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática, segundo pesquisa realizada pela Serasa.
Na direção contrária, pesaram negativamente, em outubro, os recuos de 0,2% da atividade varejista do setor combustíveis e lubrificantes bem como do setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios – segundo a entidade, é possível que este segmento esteja com o seu desempenho afetado pelo fenômeno La Niña, que tem mantido as temperaturas mais baixas nesta época nas regiões Sul e Sudeste, prejudicando a comercialização das coleções de verão.
Dez meses – O varejo como um todo encerrou o período de janeiro a outubro deste ano com uma expansão de 9,9% frente ao mesmo período de 2009. Na comparação anual – contra outubro de 2009 -, o crescimento de 9,2% do movimento varejista foi puxado pelo segmento de material de construção (alta de 17,8%).