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Natal será inflacionado pela alta nos preços das carnes

A alta do milho pressionou o mercado de carnes e o brasileiros pagará mais caro pelas festas natalinas.

Da Redação 17/12/2002 – Os produtos animais vão encarecer as festas de Natal e de Ano Novo. As carnes vermelha, de peixe e de aves foram reajustadas muito acima da inflação em novembro. Segundo um produtor, são vários os motivos que estão interferindo nos preços. A ênfase do governo federal na política de exportar a qualquer custo, com vistas ao saldo da balança comercial, sem muita preocupação com estoques reguladores, é o primeiro deles.

Essa medida fez aumentar o preço do milho e, conseqüentemente, os preços dos ovos e do frango. No acumulado de  janeiro a outubro, o milho subiu quase 80%. E agora está sendo importado em dólares. O preço dos ovos para o consumidor, em novembro, sofreu alta de 25%, segundo dados da Secretaria de Agricultura do Paraná, a dúzia do produto estava sendo vendida por aproximadamente dois reais. Os preços do frango também dispararam. Em poucos meses,  o preço subiu até 50%.

O segundo motivo para as altas é a desvalorização do real frente ao dólar. Como a moeda brasileira se desvalorizou, a indústria do frango e de carnes em geral aproveita para exportar. Como conseqüência, desabastece o mercado interno e os preços sobem. Além disso,  segundo informação do setor, há descompasso entre a oferta e a procura. O consumidor, além disso, já está preocupado com o preço da carne de peru – tradicional produto natalino – e com o preço da carne de porco, consumida no ano novo.

Ainda no caso da avicultura, o terceiro fator de pressão sobre o mercado é a queda no número de propriedades no Estado: de 370 para 105.  Só esse ano, cerca de 90 granjas fecharam as portas, segundo a Associação dos Avicultores, e cerca de 500 trabalhadores foram para rua. O Paraná, que já foi o segundo produtor de ovos do país, teve seus números reduzidos pela metade. A produção encolheu de 535 mil para 270 mil dúzias por dia.