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No vermelho

Como alternativa, criadores gaúchos organizam festas à base de carne suína para incentivar o consumo e impulsionar o mercado.

Redação SI 05/05/2003 – Suinocultores do Rio Grande do Sul lutam para sair do vermelho. A redução nas exportações fez o preço da carne cair. Para combater a crise, criadores do noroeste do Estado organizam festas para incentivar o consumo e impulsionar o mercado interno. Neste final de semana, aconteceu a sexta edição do leitão no rolete, em que foram preparados 28 porcos de 30 quilos e aproximadamente, 750 quilos de pernil, um total de 1.500 quilos de carne que demoraram sete horas para assar.

O criador de suíno do Santa Rosa já está trabalhando no prejuízo. O quilo da carne que custa R$ 1,75 é vendido para a indústria por R$ 0,30 a menos, R$ 1,45. O preço deveria estar, no mínimo, a R$ 2,00 o quilo vivo no frigorífico para compensar os custos de produção e toda a cadeia para que a gente pudesse ganhar um pouco, diz Vitor Conti, presidente da Associação dos Suínocultores de Santa Rosa.

O que está provocando a queda do valor pago ao produtor é o acumulo de carne interno já que a Rússia, o maior comprador estabeleceu nos últimos dois meses novas regras para a importação, o que está prejudicando a venda para aquele país.

Alguns criadores apostam que a solução para o excesso de carne no mercado já está chegando, porque muitos grandes fecharam e muitos reduziram o número de matrizes e, com isso, poderá haver falta de suínos para a indústria.