Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Novas projeções

<p>Depois da aftosa em MS, CNA informou que devem ser revistas as previsões de que o complexo carne poderia, pela primeira vez, ultrapassar as exportações de soja. </p><p></p>

Da Redação 11/10/2005 – Diante do foco da doença, o chefe do Departamento de Assuntos Internacionais e Comércio Exterior, Antônio Donizete Beraldo, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), informou por telefone, que as previsões de que o complexo carne, poderia pela primeira vez ultrapassar as exportações de soja, passam a ser revistas.

“Temos além do foco, uma pequena recuperação da soja no mercado. Se mais nada atrapalhar, este feito, será contabilizado somente em 2006, levando em conta, um crescimento de 30%, ao ano, que as carne vem imprimindo à balança comercial. Temos uma grande incerteza com relação aos russos e à União Européia, por isso, acredito que neste ano, a carne ocupe o segundo lugar no volume de vendas”.

Para Donizete, apesar da desatenção do governo Federal, com relação ao setor produtivo brasileiro, o foco em Mato Grosso do Sul, é uma luz amarela, e no fundo “é uma fatalidade”.

A CNA, chegou a projetar que o complexo carne fecharia o ano com faturamento de US$ 8,3 bilhões, contra US$ 8 bilhões da soja. Ano passado as vendas de soja atingiram cifras de US$ 10 bilhões. A projeção levou em consideração, para este ano, os prejuízos do complexo soja em função da desvalorização cambial. “Se isso acontecesse pela primeira vez, as carnes passariam a soja”, exclama.

Enquanto há indefinições com relação ao comportamento dos principais mercados consumidores da carne brasileira, Donizete aponta que existe uma certeza. “Fatalidade, ou não, a verdade é que este foco é uma péssima propaganda, para um País que pouco sabe vender a sua carne”, dispara.

Ele aponta que o controle sanitário é responsabilidade do Estado e que mesmo com a pouca atenção da União, “o que o setor sente na pele é que o Brasil, pelo gigantismo nas exportações de carne, não tem uma política de sanidade na mesma proporção”, assevera. (MP)