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Novas restrições

Argentina estuda barreiras também nas áreas de carne suína e máquinas para a agricultura.

Redação SI 21/07/2004 – 06h10 – Nem bem acabou a recente “Guerra das Geladeiras” (como foi batizado o confronto no comércio de eletrodomésticos entre os dois maiores sócios do Mercosul), a Argentina ameaça começar novos conflitos comerciais com o Brasil. Nos próximos dias, o presidente Néstor Kirchner, assessorado pelo seu ministro da Economia, Roberto Lavagna, deverá voltar a pressionar as autoridades brasileiras para que estas aceitem a aplicação de restrições para produtos do setor de máquinas agrícolas e suínos.

Na lista de exigências do governo Kirchner também está a revisão do acordo automotivo, que vence em 2006. Para complicar, o setor moveleiro também começa a fazer pressão sobre Kirchner e sua equipe, assim como fizeram os empresários de roupas prontas.

Os suinocultores argentinos estão pedindo ao governo que tome medidas imediatas contra os produtos do setor importados do país vizinho. O presidente da Associação Argentina de Produtores de Suínos, Juan Uccelli, argumenta que a indústria suína brasileira tem dimensões gigantescas perto da argentina, e que por isso tem a capacidade de vender seus excedentes ao mercado deste país “com um custo muito baixo, desestabilizando nossa indústria”.

Outro setor que o governo Kirchner pretende ajudar contra o Brasil é o das máquinas agrícolas. Os produtores locais sustentam que as empresas brasileiras já controlam 87% do mercado de tratores e 90% das colheitadeiras.