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Novas rotas comerciais

Crescem exportações do agronegócio brasileiro para os países árabes.

Da Redação 03/05/2004 – 05h12 – As exportações do agronegócio para os países árabes renderam US$ 647,7 milhões ao Brasil nos primeiros três meses de 2004, segundo informações fornecidas à ANBA pelo Ministério da Agricultura.

Houve um aumento de mais de 95% nas receitas em relação ao mesmo período do ano passado, quando o valor foi de US$ 331,8 milhões. No total, as exportações do setor agropecuário nos primeiros três meses do ano somaram US$ 7,839 bilhões.

O crescimento das vendas atingiu boa parte dos países árabes, a exemplo do que ocorreu com as exportações totais para a região, que somaram US$ 892,2 milhões no período. Principalmente para o Egito, Síria, Argélia, Marrocos, Líbia, Iêmen, Emirados Árabes Unidos, Tunísia, Kuwait, Mauritânia, Jordânia, Líbano, Catar, Bahrein e Sudão.

Chama a atenção as exportações para a Síria, que saltaram de US$ 2,6 milhões para US$ 35,4 milhões. Atallah acredita que parte das compras feitas pelo país devem estar sendo reexportada para o Iraque.

A Arábia Saudita, embora não tenha registrado o maior crescimento entre os países árabes, continua a liderar as vendas do agronegócio para a região. No primeiro trimestre do ano passado os embarques para o país renderam US$ 115,1 milhões, e nos primeiros três meses de 2004 US$ 127,8 milhões.

De acordo com o presidente da Câmara de Comércio Árabe- Brasileira (CCAB), Paulo Sérgio Atallah, os principais produtos exportados para os árabes no primeiro trimestre foram o açúcar (US$ 180 milhões), a carne de frango (US$ 170 milhões), a carne bovina (US$ 90 milhões), o trigo (US$ 85 milhões), o óleo de soja (US$ 40 milhões), o café (US$ 20 milhões) e o leite (US$ 5 milhões).

Ele ressaltou que o aumento nas vendas de todos estes produtos foi substancial e alguns deles, como o trigo, sequer constavam da pauta de exportações para a região nos primeiros três meses de 2003.

O Brasil exportou trigo pela primeira vez no final do ano passado e os países árabes do Norte da África figuraram entre os maiores compradores no período.