As exportações do agronegócio brasileiro movimentaram US$ 16 bilhões em março, um recorde. Os produtos de maior destaque no mês passado foram soja em grãos, milho, farelo de soja, açúcar de cana bruto e carne de frango in natura.
De acordo com análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (SCRI/Mapa), o aumento do volume dos embarques explica, em grande parte, o valor histórico das exportações do agronegócio em março.
No complexo soja, dois itens bateram recorde em volume e receita: soja em grãos e farelo. Os embarques do grão cresceram 13,6%, para US$ 7,3 bilhões, com volume de 13,2 milhões de toneladas (+8,6%). A China continua sendo o principal destino da soja brasileira, absorvendo 75,7% dos embarques totais.
Já as vendas de farelo de soja somaram o montante recorde de US$ 1,1 bilhão (+45,5%), com volume de quase 2 milhões de toneladas (+31,7%). A União Europeia, maior importadora do produto, adquiriu US$ 492,3 milhões (+40,9%) e 904,4 mil toneladas (+29,1%). As exportações de carne de frango alcançaram o recorde de US$ 967,8 milhões (+29,6%) em março deste ano, e o volume aumentou 25,5%, para 504,9 mil toneladas.
Os principais importadores foram China, Japão e Arábia Saudita. Segundo analistas da SCRI, em um contexto mundial com surtos generalizados de gripe aviária nos principais exportadores, o Brasil tem novas oportunidades a explorar, já que o país nunca registrou casos da doença.
As exportações de milho alcançaram US$ 401,9 milhões; em março do ano passado, os embarques haviam movimentado apenas de US$ 4,1 milhões. Os principais destinos foram Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã.
Nos três primeiros meses de 2022, as exportações do agronegócio haviam sido de US$ 14,4 bilhões. Já no primeiro trimestre deste ano, as vendas do setor ao mercado externo atingiram o recorde de US$ 36 bilhões, ou 6,7% a mais do que no mesmo período anterior. No período, o agronegócio respondeu por 47,2% da pauta de exportações do Brasil.