A China é o maior importador de grãos do mundo e o Brasil está consolidado entre seus principais fornecedores, principalmente de soja. De 42 milhões de toneladas dessa oleaginosa que entraram naquele mercado em 2009, 16 milhões foram produzidas no Brasil, representando 38% do total. Diante de novas perspectivas para os produtos brasileiros na China, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) conclui o processo de treinamento dos primeiros adidos e entre eles o que irá para embaixada brasileira em Pequim.
O médico veterinário Esequiel Liuson, designado para o posto também está em São Paulo (SP) participando dessa última fase de preparação, com mais sete adidos, que farão trabalhos semelhantes nos Estados Unidos, Japão, União Europeia (Bélgica), Rússia, Suíça, Argentina e África do Sul.
Liuson explica que a China é um mercado muito interessante para os diversos setores produtivos, principalmente pela totalidade de seus habitantes: um quinto da população mundial. “À medida que o consumo interno de um determinado alimento cresce entre os chineses, sem dúvida, gera demanda para outros países”, avalia. O futuro adido agrícola acredita que a carne bovina é uma oportunidade de aumento das exportações brasileiras para a China. “Embora o processo de habilitação de frigoríficos seja lento, como adido, poderei identificar os pontos que dificultam essas exportações e, com certeza, melhorar as condições para que o Brasil alcance melhor este mercado”, afirma Liuson, que fala fluentemente o mandarim.
Até sexta-feira (26/03) o grupo de adidos agrícolas permanece em São Paulo e, na segunda (29) e terça-feira (30) estarão em Uberaba (MG), para visitas a frigoríficos.