O crescimento no comércio internacional do agronegócio brasileiro consolida a posição do país como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Nos últimos doze meses, de novembro/2012 a outubro/2013, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 101,36 bilhões, o que representa crescimento de 5,2% sobre os doze meses anteriores.
Entre os motivos que explicam o crescimento do setor está a ampliação de mercados para a compra de produtos agropecuários brasileiros. A China, por exemplo, apesar de ser o principal destino da soja produzida no Brasil, tem mostrado interesse em outras culturas. Em 2013, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da República Popular da China (Aqsiq) assinaram um protocolo que permite a exportação de milho brasileiro para a China. Nos últimos anos, os chineses importam volumes crescentes do cereal e o Brasil pretende ser um dos maiores fornecedores.
Outro exemplo positivo é a Rússia, que este ano autorizou o acesso de carne de equídeos ao habilitar dois estabelecimentos brasileiros para exportação. “Esta é uma grande conquista, pois nos últimos 15 anos não havia registro de exportações de carne equina para o mercado russo”, explica o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Marcelo Junqueira.
O Japão, após sete anos de negociações, autorizou a exportação de carne suína proveniente de Santa Catarina. As negociações começaram em 2006 e a conclusão do processo tem impacto positivo para a economia regional. As exportações de carne suína para os japoneses podem beneficiar fortemente o segmento no Brasil.
Ainda quanto às exportações de carne, os mexicanos aceitaram este ano as garantias sanitárias do Brasil e, pela primeira vez, o país vai exportar carne e ovos férteis de frango para o México. As negociações fazem parte da estratégia do governo federal para a abertura de novos mercados. A expectativa é de que em 2014 essa abertura seja significativa e proporcione um aumento ainda maior nas exportações dos produtos do agronegócio brasileiro.
Em relação às frutas, o Chile está em fase final para a abertura de importação de melão e melancia. Uma missão técnica, composta por três representantes chilenos do Ministério da Agricultura do país, esteve na região que engloba o Rio Grande do Norte e Ceará e constatou a eficiência dos trabalhos realizados na manutenção do status fitossanitário de ausência da praga Anastrepha grandis (mosca-das-frutas). O Ministério da Agricultura segue trabalhando para a conquista de novos e importantes mercados.