Risco. Essa é a palavra que define a suinocultura de hoje. E nesse cenário, as dificuldades só aumentam. Afinal quem é que vai garantir crédito para produtores que não sabem como vai ser o dia de amanhã. Pensando assim, os suinocultores de Concórdia (SC) se organizaram e consolidam o Núcleo Municipal de Criadores de Suínos. Forte e estruturado ações são planejadas para mudar a suinocultura do futuro, aquela que sobreviver até lá.
Para o jovem suinocultor Gilvânio Busetti, a suinocultura já provou que é forte o suficiente para integrar seus representantes e mostrar ao Brasil, quem realmente movimenta a economia, os produtores de alimentos. “Temos esperança com esse movimento em Concórdia, através do Núcleo de Criadores, possamos conquistar méritos e novas expectativas que resultem em benefícios para a atividade”, destaca ele.
“A realidade da suinocultura de Santa Catarina é uma só”, comenta o presidente do Núcleo Municipal de Criadores de Suínos de Concórdia, Oraldi Martelli. Para ele o Estado está longe de ser auto-suficiente em grãos e por isso para manter viva a produção, a suinocultura depende de mercado. Mercado que não está preocupado em abastecer a demanda interna, e oferece insumos em patamares elevados demais. “Sendo assim, os catarinenses dependem de apoio da Conab, que por sua vez manda milho, mas muito abaixo do esperado. A esperança é que através de um Silo de Armazenagem do milho, a Conab disponibilize mais insumos”, afirma Martelli.
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E se não bastasse os insumos, o mercado de suínos varia novamente para o lado negativo e está deixando os produtores sem expectativas e sem reação. Cenário de insegurança. Falta de um Preço Mínimo, falta de controle da produção, medidas essas garantidas pelo Governo Federal. “O momento é delicado, está complicado. Ainda estamos pagando para produzir. Não sabemos o que está acontecendo com o mercado da suinocultura, não dá para entender esse comportamento ocioso desta maneira”, reforça Busetti.
Outros assuntos também discutidos durante o encontro foram o Estatuto do Núcleo Municipal de Concórdia e a Ação Coletiva do Funrural.
Para maiores informações sobre a situação da suinocultura catarinense, que novamente pede socorro, a ACCS está à disposição.
