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Economia

"O agronegócio na era da volatilidade" foi tema do primeiro painel do XV SNDS

Wilson Mello, André Pessoa e Miguel Higuera palestraram sobre as mudanças no mercado global e responderam perguntas dos participantes.

"O agronegócio na era da volatilidade" foi tema do primeiro painel do XV SNDS

O primeiro painel “O agronegócio na era da volatilidade” do XV SNDS (Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura) foi concluído na manhã de hoje (1º de agosto), em Gramado (RS), com palestras do vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello; do economista e agrônomo André Pessoa; e do espanhol Miguel Higuera além de perguntas do auditório aos palestrantes.

O consultor André Pessoa abriu a manhã com a palestra “Desafios e Perspectivas do Mercado Mundial de Milho e Soja”. Agrônomo e mestre em economia, o diretor da Agroconsult apresentou um panorama sobre a safra mundial de grãos 2013-2014, estimou faixas de preço para o milho e a soja para os próximos meses e apontou o impacto negativo dos gargalos de infraestrutura para o agronegócio brasileiro. “A desvalorização do real frente ao dólar nos livrou de uma tragédia no preço dos grãos”, disse.

Por sua vez, o espanhol Miguel Angel Higuera palestrou sobre “Desafios da Indústria da Carne – Uma visão Europeia” na segunda apresentação do dia. Diretor da Anprogapor e vice-presidente de Sanidade e Bem-Estar Animal da Copa-Cocega, Higuera apresentou um quadro sobre custos e volume de produção nos diversos países da União Europeia bem como frisou a prioridade da sanidade na visão do continente sobre o setor. “Além da sanidade, o bem-estar animal não gera problemas para granjas novas. O custoso é adaptar as antigas às novas regras europeias”, disse.

O vice-presidente da BRF, Wilson Mello, encerrou o painel com uma apresentação sobre as oportunidades para a indústria brasileira de carnes e os desafios do mercado internacional. Representando o ponto de vista do quinto maior player global do setor alimentício, o executivo frisou, entre outros pontos, que a estratégia da empresa deve focar-se em mercados estáveis como Japão (aberto recentemente) e Coreia do Sul (ainda fechado) em lugar de Rússia, Ucrânia e Hong Kong. “É bom vender para todos estes mercados, mas é muito melhor vender para mercados como Japão ou Coreia do Sul. Eles permitem um planejamento muito mais interessante”, iniciou.

Os participantes do XV SNDS tiveram a oportunidade de fazer perguntas aos participantes sobre os diferentes temas abordados. As perguntas e respostas, mediadas pelo consultor Luciano Roppa, duraram mais de 30 minutos com esclarecimentos importantes sobre as dúvidas dos interessados.