Redação AI 17/11/2003 – 11h50 – O Brasil é um imenso campo produtivo, com extensas áreas a serem exploradas. É o quinto maior país do mundo em extensão e ocupa a 11 colocação no ranking das economias mundiais. “O Brasil possui 90 milhões de hectares de terras disponíveis para a exploração agrícola”, revela Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Hoje somos o primeiro exportador mundial de cana-de-açúcar, de laranja e de café e devemos fechar este ano de 2003 com um feito inédito: sermos o primeiro exportador de carne bovina do mundo”. De acordo com o ministro, o País deverá superar as exportações de carne bovina da Austrália, chegando ao um volume superior a 1, 2 milhão de toneladas embarcadas em 2003. O Brasil ainda figura em boas posições nos rankings de produção e exportação de carne de frango (é o segundo no mundo) e de exportação de carne suína (é o quarto maior). Também no segmento de grãos, o Brasil deverá bater recordes de produção e de exportação em 2003. Hoje são 18,1 milhões de hectares de plantio de soja e 12,7 milhões de milho, com a vantagem comercial de se tratar de uma safra não transgênica.
Avicultura familiar
Em 2003, o Brasil deverá produzir 7,5 milhões de toneladas de carne de frango, destinando 2 milhões de toneladas para os mais de 120 países que compram o produto brasileiro. Dentro desses números, é importante destacar que mais de 40% da produção avícola nacional são oriundas de propriedades rurais familiares. São aproximadamente 4,1 milhões de estabelecimentos rurais distribuídos pelo País, que aglomeram 13,6 milhões de pessoas, do total de 16 milhões, hoje trabalhando no campo.
Nesse sentido, o Ministério da Agricultura, com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar (incluídas aí as famílias que produzem carne de frango e ovos) anunciou o Plano de Safras para Agricultura Familiar 2003/2004, que vai garantir o maior volume de recursos já oferecido ao segmento: R$ 5,4 bilhões. “Com isso, será possível ampliar em 40% o número de contratos do Programa Nacional de Administração Familiar (Pronaf), que é uma linha de financiamento para pequenos e médios produtores”, destaca Rodrigues. Segundo o ministro, a meta do governo é dobrar a capacidade de armazenamento de grãos no País e diminuir a distância econômica entre ricos e pobres. “Parece utopia reduzir a margem de diferença entre ricos e pobres no Brasil, mas é no agronegócio, o motor da economia brasileira, que começaremos a implantar nosso trabalho, e começando pelos pequenos e médios produtores rurais”.