Você sabe o que é MIP? Seus conceitos? Sua aplicabilidade? Para que serve? Como podemos utilizá-lo? Será que não estamos se esquecendo de suas funções? Essas são perguntas que devemos fazer. Não podemos aceitar algumas barbáries que estão acontecendo no campo, por exemplo: calendário de aplicações – “Seu José ou seu Pedro, olha, aplique a cada 5 ou 7 dias!”. Onde estamos pessoal? Isso tudo vai contra os princípios técnicos, de pesquisa, de manutenção dos produtos no mercado, além de aumentar custos aos produtores e o pior: desvalorizar a função dos técnicos.
Mas de fato, o que é MIP? Seu significado é manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas. Só que ele vai mais além! MIP é monitoramento, é uso de ferramentas eficazes que demandam aplicações, se necessárias, no momento correto. É a aplicação de todas as técnicas que visam produzir com equilíbrio (variedades resistentes, produtos biológicos com eficiência, rotação de cultivos entre outros). Não podemos esquecer e tirar estes princípios de nosso pensamento, isso é vital para que problema como resistência de pragas, plantas daninhas e fungos, sejam menores.
Conversando com alguns amigos, verificamos que estes conceitos estão esquecidos no campo. Nossos agrônomos precisam pensar nisso! Vender é bom, mas manter o produto por longos anos é melhor ainda. Precisamos esquecer um pouco o imediatismo, pensar que nosso trabalho deve durar anos, que nosso produto poderá ser utilizado mais vezes, mas com sabedoria. Isso sim é MIP, isso é ser agrônomo, foi assim que aprendemos em nossas aulas de entomologia, plantas daninhas, fitopatologia, não é inaceitável que esqueçamos.
Por fim, comparamos MIP às campanhas contra paralisia infantil, AIDS, dengue, precisamos lembrar constantemente estes conceitos. É necessário consolidar as informações, temos diversos materiais excelentes, mas dispersos, um sobre pragas, outro sobre doença e assim vai. O MIP precisa estar em estado de emergência como foi o caso da Helicoverpa armigera. É fundamental consolidar essas informações para que estejam acessíveis aos produtores e técnicos. Educação muda tudo.
Fato: não podemos acreditar que calendário de aplicações seja a solução. Precisamos da união das técnicas. Ou fazemos isto agora, ou certamente pagaremos caro por continuarmos insistindo no mesmo erro de alguns anos atrás. Pensem nisso! Certamente teremos muitos apoiadores, precisamos de um líder. Quem se habilita?
No mais, espero fielmente que o melhor ainda está por vir. Que 2014 seja o ano do manejo integrado! Boas festas aos amigos!