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Economia

O recado dos painelistas

Cenário dos mercados de carne suína, de frango e ovos foram destacados por dirigentes no Rio Grande do Sul.

O recado dos painelistas

O primeiro a se manifestar expondo o seu setor foi o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Luís Folador, que elencou números da produção e do mercado no Rio Grande do Sul e no Brasil. Essa cadeia ocupa a quarta posição nas exportações mundiais e volta seu olhar para a perspectiva de incremento nos índices de consumo interno, que poderiam avalizar crescimento significativo na produção. Folador advertiu que o produtor interessado em investir na atividade, além do atendimento rigoroso a parâmetros técnicos e ambientais, precisa estar consciente do alto investimento inicial a ser feito.

Na sequência, o secretário executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, descortinou o cenário associado à produção de carne de frango e de ovos. Igualmente enfatizou a expectativa do setor de que haja incremento no consumo interno, e lembrou que essa cadeia hoje ostenta, no País, altíssimo nível de tecnificação, talvez o melhor do mundo.
José Eduardo observou que a avicultura, a exemplo dos suínos e da pecuária, é fortemente dependente do comportamento das safras de grãos, especialmente da soja e do milho, aos quais está atrelada a condição de normalidade na produção e nas vendas. Segundo ele, a organização afinada com os setores de grãos é condição indispensável para o crescimento.
O terceiro a se manifestar foi o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS), Darlan Palharini. Ele apontou para as amplas possibilidades que a pecuária leiteira oferece no mercado interno e elencou projetos em andamento visando a instalação de novas plantas industriais para leite em pó e queijos. O atendimento a requisitos técnicos e de qualidade, no seu entender, passa a ser compromisso cada vez maior, tanto na responsabilidade ambiental quanto na busca de maior produtividade.
Por fim, o diretor presidente das Centrais de Abastecimento (Ceasa/RS), Lotário José Vier, detalhou a sistemática de funcionamento desse espaço, localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre, e que responde, sozinho, por 35% do comércio de hortigranjeiros no Estado. O complexo, que movimentou R$ 680 milhões em 2010, ocupa 42 quilômetros quadrados.
Ao enfatizar o potencial dos hortigranjeiros e das frutas nas pequenas propriedades, Vier disse estar preocupado com o volume de produtos na Ceasa que ainda vêm de outras regiões nacionais. “Na maioria dos artigos, mais da metade vêm de fora do Estado”, citou. “É evidente que temos, aí, excelente oportunidade para pequenos produtores gaúchos, bastando a conjugação de esforços entre os setores de cada região.”