A produção agrícola global terá de subir para conter os aumentos nos preços dos grãos, mesmo enquanto a crise financeira mundial reduz temporariamente a demanda, disseram executivos da Deere & Co, Bunge e da Syngenta.
O milho, trigo, arroz e a soja, que tiveram altas recordes em 2008, podem subir novamente depois que safras maiores e a demanda menor empurraram os preços para baixo, disseram ontem os executivos no Fórum Agrícola Mundial, em St. Louis. A produção vai precisar dobrar em 2050 mesmo enquanto as mudanças climáticas, a degradação do solo e a escassez de solo arável a reduzem em 25%, disse as Nações Unidas em fevereiro.
“Precisamos crescer mais a partir de menos” à medida que a população mundial aumenta e a quantidade de terra cultivável diminui, disse David Morgan, presidente da Syngenta Seeds, na conferência bienal, que reúne executivos corporativos, ministros da agricultura e organizações não-governamentais para discutir métodos sustentáveis de aumentar a produção de alimentos. Os preços globais dos alimentos caíram em um terço em relação ao seu pico em junho de 2008 depois de subirem 73% nos dois anos anteriores, de acordo com dados da ONU.
Os preços que os agricultores pagam por fertilizantes, produtos químicos, pesticidas e outros insumos tiveram uma mudança menos dramática, em queda de 6,8% em relação ao seu pico em agosto nos EUA.