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Produção

Oferta de milho e soja favorece a produção de carnes

O aumento da disponibilidade de milho e soja no mercado brasileiro, previsto para este ano, pode beneficiar a avicultura, a suinocultura e a bovinocultura, especialmente em Minas Gerais.

O aumento da disponibilidade de milho e soja no mercado brasileiro, previsto para este ano, pode beneficiar a avicultura, a suinocultura e a bovinocultura, especialmente em Minas Gerais.

De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, no caso do milho, apesar da redução da produção, estimada em 8,3%, com o registro de 6 milhões de toneladas, o Estado ainda se mantém numa faixa próxima do recorde histórico. Uma das conseqüências será a possibilidade de compra de milho para a produção de ração a preços mais acessíveis. “Isso beneficiará os avicultores, suinocultores e criadores de bovinos pelo menor custo da ração”, observa o superintendente.

Conforme Albanez, a margem de lucro para esses criadores pode aumentar, pois a ração representa mais de 65% do custo de produção das atividades, sendo o milho o principal componente. As granjas avícolas de Minas Gerais já estão se benef iciando da redução dos custos com a alimentação das aves.

Um levantamento da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig) mostra que a saca do milho está cotada atualmente em R$ 14,00, valor cerca de 25% menor que a média do ano passado. Segundo Marília Martha Ferreira, diretora da entidade, a redução do custo do grão é um fator importante, porque o milho responde por 70% dos custos com a alimentação das aves nos criatórios. Num período de 42 dias, um frango consome cerca de 3,2 quilos de milho. Ela ainda informa que “os avicultores poderiam obter maior produtividade caso os preços do frete não fossem tão altos”.

O vice-presidente da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Pena, diz que o milho e a soja correspondem também a 70% do custo de produção dos animais nesse segmento. “Para cada quilo de suíno vivo, o gasto fica entre R$ 2,20 e R$ 2,30. Portanto, um animal em condição de abate, aos 100 quilos, custa cerca de R$ 230,00, e a sua cota ção no mercado é de R$ 260,00”.

O coordenador estadual de Bovinocultura de Corte da Emater-MG, José Alberto de Ávila Pires, confirma as perspectivas favoráveis neste ano para a criação de gado em confinamento com base nas estimativas de disponibilidade de milho e soja. Ele explica que o custo operacional em 60 dias de confinamento de um boi é de aproximadamente R$ 240,00. O item de maior expressão na alimentação dos bovinos é o milho, que no período analisado tinha a cotação de R$ 18,00 a saca de 60 quilos. Segundo Ávila Pires, já existem sinalizações de redução do custo com a aquisição do milho na casa dos R$ 14,00 a saca.