Da Redação 17/02/2005 – “Não haverá apagão logístico. Só questões localizadas de tráfego pesado, como formação de filas.” A opinião é do chefe-adjunto da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, Antonio Henrique Silveira. “O Orçamento prevê R$ 2,8 bilhões para infra-estrutura, sendo R$ 2,165 bilhões só para transportes.”
A verba, diz, será destinada ao restauro da malha viária e à continuidade da eclusa de Tucuruí (PA), entre outros projetos. “Temos um grande projeto de recuperação para 2005 e 2006.” Cerca de 19.000 km de rodovias devem receber melhorias.
Ele avalia que, apesar da sobrecarga, a deterioração das condições de tráfego será evitada pela identificação dos pontos de estrangulamento. As negociações com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para que investimentos em infra-estrutura deixem de ser contabilizados na economia para o superávit, acredita, devem permitir investimentos importantes. “O Fundo está sensível à necessidade de recuperação das rodovias, até para garantir solvência do país por meio das exportações.”
Silveira aponta ações “já iniciadas e que terão continuidade” para a dragagem dos leitos dos portos. Do jeito que estão, só permitem que navios semicarregados atraquem. “Cada metro de aprofundamento permite acréscimo de carga de 5.000 toneladas nos navios.”
Ele também destaca as discussões, no seio do ministério, sobre a perimetral do porto de Santos e o acesso por ferrovias. “Sepetiba também não tem acesso adequado”, comenta, sem detalhar os planos para facilitar a chegada ao terminal.
“Há pressão da agroindústria por malha ferroviária, que pode ser materializada por PPPs ou concessões”, comenta o técnico, que aposta em “um boom ferroviário em pleno século 21”. Nordeste, Centro-Oeste e São Paulo são as regiões prioritárias, bem como continuidade da linha Norte-Sul. “O ministério pretende prover infra-estrutura objetivando porto.”