Da Redação 11/02/2003 – O governo federal quer ampliar as cotas de exportação de carnes para a Rússia, com base no volume comercializado nos últimos três anos. A proposta foi feita ontem (10) em Brasília pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, José Amauri Dimarzio, em um encontro com o ministro de Alimentos de Moscou, Alexander Baburin e seu vice, Victor Olkhovoy.
A partir de 28 de abril, pelos próximos quatro anos, a Rússia importará apenas 337 mil toneladas de carne suína e 42 mil toneladas de frango de todo o mundo. As cotas foram fixadas a partir das compras efetuadas entre 1999 e 2001. O volume é inferior ao comercializado com o Brasil no ano passado. Em 2002, apenas as indústrias brasileiras exportaram para a Rússia 377 mil toneladas de suínos e 295,7 mil toneladas de frango. “Os russos fizeram os cálculos baseando-se em períodos em que o Brasil estava iniciando suas exportações para a Rússia”, disse José Amauri Dimarzio.
Santa Catarina
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Durante o encontro, os russos prometeram interceder no governo para tentar solucionar também outro assunto: o embargo às carnes suínas de Santa Catarina. Desde 15 de janeiro, o governo brasileiro tenta enviar uma missão àquele país para provar que não há mais problemas sanitários no estado.
Segundo Dimarzio, os representantes de Moscou informaram que o país estaria interessado em vender trigo ao Brasil em troca de carnes.
Um acordo privado estaria sendo negociado para a venda de 1 milhão de toneladas do cereal e compra de 60 mil toneladas da proteína. No entanto, para a entrada do trigo russo no País é necessário a análise de risco de pragas, cujos documentos ainda não foram enviados por aquele país.
A missão russa fica no Brasil até a próxima sexta-feira. Na agenda, estão programadas reuniões com representantes das indústrias de carnes bovina, suína e de frango, bem como as de trigo.
Missão européia
Chega hoje (11) a Sete Queda (MS), uma missão da União Européia (UE) para avaliar como o governo brasileiro agiu no combate ao foco de aftosa, em setembro passado na província vizinha de Canindeyú, no Paraguai. Desde então, as exportações de carne do município brasileiro estão suspensas ao bloco. Os quatro técnicos ficam até amanhã na cidade vistoriando propriedades e unidades veterinárias. A missão vai também ao município vizinho de Mundo Novo. Só após desta vistoria é que o embargo pode ser revisto.
