A suinocultura começa a dar sinais de melhora, é claro que está muito longe para dar lucro, devido ao tamanho prejuízo que nos encontramos, porém é um passo para chegarmos lá. Ainda estamos com um custo de produção de R$ 2,70 o kg. Nos últimos dias têm-se intensificado a procura de animais por parte dos frigoríficos. Nas últimas semanas, o produtor não integrado tem ofertado muitos animais para o abate, devido às incertezas do mercado e o alto custo de produção, ofertando inclusive animais de menor peso que o normal.
Com melhores notícias sobre as exportações, aumento do consumo no mercado interno e maior procura por frigoríficos paulistas, este cenário começa a mudar. O produtor segura os animais para chegar ao peso normal de abate e a falta no mercado começa a ser sentida por frigoríficos, aumentado o preço ao produtor. Com a liberação do milho por parte da CONAB, há uma leve baixa nos custos de produção, aliviando e animando um pouco o setor. Para mudar com maior rapidez este cenário, precisamos que o Governo do Estado faça a sua parte conforme colocado na Audiência Pública em Florianópolis, que inclua a carne suína na merenda escolar e órgãos públicos. Quanto ao governo Federal, o que precisa ser realizado, é o PEP (prêmio de escoamento de produção) para a região Sul com o valor estipulado de R$ 8,00 reais por saca, refinanciamento das dívidas com crédito extra e efetivar o preço mínimo ao suíno para a garantia de renda ao produtor.
Por Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS